Com um único nível de equipamento, Intense, as opções são reduzidas (sensores de estacionamento, kit Bluetooth, roda de emergência e pintura metalizada), pelo que o preço anunciado corresponde praticamente ao que o cliente vai pagar. Assim, apesar de o preço do nível de entrada de outras marcas poder ser um pouco inferior, nas contas finais temos de considerar o acréscimo de equipamento disponibilizado de série pelo Mitsubishi Space Star.
BARÓMETRO
+ Relação preço/equipamento, com muito equipamento de série e pouco em opção; bom diâmetro de viragem
- Qualidade dos materiais usados no interior; kit de reparação de pneus
PORMENORES
Elogiámos demasiado cedo
Pois é… Temos de morder a língua e pedir desculpa aos leitores. Na apresentação do Space Star, o veículo que conduzimos trazia uma roda sobresselente de emergência, o que mereceu o nosso elogio. Qual não foi o nosso espanto quando agora, ao levantarmos o forro do fundo da mala deste carro, descobrimos no espaço circular da roda de emergência um kit de “reparação” de pneus – uma óptima solução para os fabricantes de carros e de pneus mas péssima para os consumidores: não só por ser ineficiente quando se trata de um furo um pouco maior (há muitos testemunhos), como por implicar a compra de um pneu novo para substituir o “reparado” bem como uma nova carga para o kit. A Mitsubishi diz que irá disponibilizar em opção a roda de emergência, mas ainda não tem preço para esta muito recomendável opção.
Até parecia estranho
Este utilitário oferece de série entrada sem chave e arranque por botão, sensores de chuva e de luminosidade, climatizador, etc., etc. Com um equipamento tão completo para a gama em que se insere, foi com alguma surpresa que verificámos a ausência de comandos no volante do veículo que conduzimos – algo de que dispõem modelos similares e não tão bem equipados. Mas esta lacuna será remediada nos Space Star comercializados a partir de Setembro, que já incluirão comandos áudio no volante.
É um pequeno pormenor mas faz diferença
Não raras vezes, os construtores de automóveis descuram pequenos pormenores de fácil solução, mas que podem causar incómodos ou transtornos aos ocupantes dos veículos. É o caso da pala de protecção do sol do lado do condutor: é grande e cumpre bem a sua função. Demasiado bem até, porque não só tapa os raios solares como a visão do espelho retrovisor interior – bastaria um simples recorte no seu formato rectangular para resolver o problema.
Pouca atenção ao “embrulho”
O cunho oriental deste modelo nipónico fabricado na Tailândia, um carro global destinado a mercados de vários continentes, ressalta na pouca qualidade dos materiais usados no interior (na velha tradição oriental, duros e com uma sensação de qualidade inferior) e da importância relativa dada ao conforto e vida a bordo. Um assento corrido atrás (sem separação dos lugares); bancos de conforto relativo à frente; um fundo de mala de aspecto frágil e baratucho em cartão prensado que esconde o kit de “reparação” de pneus, etc. etc. Os modelos de fabricantes asiáticos produzidos na Europa já levam em conta os gostos europeus. Mas atenção: se o “embrulho” é em “papel pardo”, já o “conteúdo” (equipamento de série, segurança inclusive) tem nível superior à “embalagem”.