Quanto à segurança, a Peugeot 508 foi testada em 2011 pelo Euro NCAP, tendo então obtido o máximo de 5 estrelas, com 90% na protecção dos ocupantes, 87% nas crianças, 41% nos peões (com este valor, abaixo do actual mínimo de 60%, a Peugeot 508 já não obteria as 5 estrelas) e 97% nos dispositivos auxiliares de segurança. No interior, com espaço suficiente para alojar cinco pessoas e uma boa posição de condução, ressalta pela positiva a qualidade dos materiais usados e o cuidado nos acabamentos e pela negativa a inexistência de compartimentos abertos na consola para guardar pequenos objectos (carteira, telemóvel, etc.). Em termos de condução, nota-se o peso do veículo no arranque, mas, uma vez em marcha, a potência da motorização está presente e para este veículo não há subidas íngremes – é sempre a acelerar.
O sistema HYBrid4 tem quatro modos de condução: Auto (escolha do próprio sistema por defeito), Sport, 4WD e ZEV (modo eléctrico). Os dois motores podem funcionar de forma complementar, com o propulsor diesel como principal e o eléctrico a apoiar, por exemplo, nas acelerações a fundo), conjunta (modos 4WD e Sport, com ambos a funcionarem ao mesmo tempo) ou no modo ZEV, em que apenas funciona o motor eléctrico, por um máximo de 4km e a velocidades até 60 km/h. No modo Auto, a velocidades reduzidas e em percursos relativamente planos, pode entrar em funcionamento automaticamente o modo eléctrico desde que haja carga na bateria.
Muito silenciosa e com uma suspensão confortável na boa tradição francesa (por vezes, demasiado, o que pode originar uma certa adornagem em curva), os consumos podem ser vistos de forma negativa ou positiva: negativa, porque os 6,2 l/100km que obtivemos estão longe dos 4,1 l/100km anunciados pela marca; positiva, porque este é um veículo que pesa 1,9 toneladas. Mesmo assim, para se conseguir essa média houve que fazer uma boa gestão do pedal do acelerador e ter atenção para evitar ao máximo ultrapassar a zona verde do conta-rotações.
Ainda um reparo para a caixa manual robotizada de seis relações: apesar de o “poço” nas mudanças de velocidade estar parcialmente suavizado pelo auxílio do motor eléctrico, o funcionamento desta caixa está longe de se equipar a, por exemplo, caixas de dupla embraiagem usadas por outros fabricantes. Já o comportamento do sistema de Start & Stop é irrepreensível.
Ficha Técnica*
Motor de combustão: 4 cil., 16v, 1997cc, gasóleo
Potência: 163cv às 3850 rpm
Binário máximo: 300 Nm às 1750 rpm
Motor eléctr. de arranque: Síncrono de magneto permanente
Potência: 11cv às 6000 rpm
Binário máximo: 150 Nm
Motor eléctrico traseiro: Síncrono de magneto permanente
Potência: 27cv (regime normal) ou 37cv (em pico)
Binário máximo: 200 Nm às 1290 rpm
Bateria: Hidretos metálicos de níquel
Capac. útil da bateria: 1,1 kWh
Potência total combinada: 200cv
Binário máx. combinado: 450 Nm
Veloc. máxima: 213 km/h
Aceleração 0/100 km/h: 8,8s
Consumo médio: 4,1 l/100 km (urbano, 4,0 l/100km)
Emissões de CO2: 107 g/km
Preço: 43.930€ (veículo ensaiado, 45.930€)
*Dados do construtor