Fugas - Motores

Uma jóia tecnológica da marca do leão

Por João Palma

O emblema no capot não diz tudo: o topo de gama da Peugeot alia potência e economia de consumos a um equipamento bastante completo de nível superior. Nesta versão carrinha, a 508 RXH equipara-se a modelos premium do mesmo segmento.

A Peugeot 508 RXH é a versão mais sofisticada da carrinha topo de gama da Peugeot, ombreando com veículos de outras marcas do subsegmento D premium. A motorização é a Full Hybrid Diesel do grupo PSA, estreada no SUV (sport utility vehicle) Peugeot 3008: um propulsor 2.0 de 163cv a gasóleo impulsiona as rodas dianteiras e um motor eléctrico de 37cv acoplado ao trem traseiro, o que lhe confere tracção integral. Há ainda um terceiro motor, de 11cv, para o arranque, que é sempre efectuado em modo eléctrico.

A maior altura ao solo face às outras variantes do Peugeot 508 e a tracção 4x4 confere-lhe em teoria aptidões para circular fora de estrada. Mas a colocação das baterias do sistema híbrido sob o fundo da mala não só reduziu a capacidade desta de 518 para 400 litros, como levou a Peugeot, para ganhar volume de bagageira, a optar por equipar esta carrinha com um kit de “reparação” (ou melhor, de “estragação”) de pneus em vez de um pneu sobresselente – uma solução muito discutível no caso de se querer sair do asfalto para terrenos irregulares, onde aumenta o risco de danos maiores nos pneus que um pequeno furo. Aliás, os pneus de alta performance que equipavam o veículo que conduzimos, Michelin Pilot Sport 3 245/45 R18 V, são de asfalto. A vantagem da maior altura ao solo é a redução do risco de se raspar o fundo do carro em pisos mais degradados.

A Peugeot não segue a política de alguns fabricantes de modelos de luxo, cujo custo real, sobrecarregado por equipamento opcional que deveria ser de série, é bastante superior ao preço-base anunciado – as marcas argumentam que assim o cliente pode personalizar o seu veículo, mas, na realidade, o que se torna “personalizável” é o preço final. Custando perto de 44.000€, a carrinha Peugeot 508 RXH não é nem pretende ser um meio de transporte acessível – nessa área, a marca do leão propõe vários modelos. Porém, em comparação com veículos premium equivalentes, não só o preço-base é inferior, como o equipamento de série é muito mais completo, podendo-se dispensar as opções e ter à mesma um carro bem equipado.

No veículo que conduzimos, os extras totalizavam 2000€: pintura metalizada (520€), abertura eléctrica do portão traseiro (490€), faróis bixénon com assistente de máximos (900€) e pinças de travões em preto (90€). Entre o equipamento de série, referência para os sensores de chuva, luminosidade e de estacionamento (com apresentação gráfica no ecrã central da proximidade de obstáculos), o head-up display (projecção de informações sobre uma pequena lâmina transparente sobre o tablier em frente ao posto de condução), o sistema de auxílio ao estacionamento, o climatizador quadrizona, a entrada sem chave e arranque por botão, o travão de estacionamento automático, o alarme, os bancos dianteiros eléctricos e aquecidos, o sistema de info-entretenimento e de navegação, os vidros escurecidos, o cruise control ou o tecto panorâmico eléctrico. Em muitos veículos premium, muito disto seria considerado opção com a consequente sobrecarga no custo inicial…

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