Fugas - Motores

Conforto, economia e potência para todos os gostos

Por João Palma

Ser um campeão de vendas não é uma obra do acaso. Com quatro carroçarias, berlina de cinco portas, carrinha, coupé de três portas ou cabriolet, e um leque de motorizações, que vão de 95cv a 265cv, há Méganes para todos os gostos.

A terceira geração do Mégane, de 2009, que já tinha sido renovada em 2012, vai ter uma actualização que, a partir de Janeiro de 2014, abrange três das quatro carroçarias deste pequeno familiar — carrinha, berlina de cinco portas e coupé de três portas (o Coupé-Cabriolet descapotável só virá na Primavera). Os preços mantêmse: desde os 22.800€ da berlina de cinco portas com motor 1.2 TCe a gasolina de 130cv até aos 37.500€ do Mégane Coupé RS com motor 2.0 T a gasolina de 265cv.

Com esta renovação, o Mégane é o último modelo da Renault a adoptar a actual identidade visual da marca, com novos faróis, pára-choques (onde se passam a inserir as luzes de dia em LED) e capot redesenhados, além de emblema da marca de maiores dimensões. Porém, mantém o visual que torna facilmente identificável qualquer Mégane. Em termos de equipamento, destaque para a introdução do sistema multimédia R-Link, personalizável, com ligação à Internet, incluindo e- mails, navegação, alertas, função de ecocondução, etc.

Nos últimos dez anos, o Renault Mégane tem sido sempre um dos três veículos mais vendidos e, por seis vezes, foi o líder absoluto. A razão é uma vasta oferta para uma clientela diversificada: quatro carroçarias, da mais familiar à mais desportiva, duas motorizações a gasolina (1.2 TCe de 130cv e 2.0 T com 265cv do Coupé RS), três a gasóleo (1.5 dCi de 95cv e 110cv, 1.6 dCi de 130cv) e leque amplo de preços. Por isso, desde o seu lançamento até final de Novembro de 2013 já tinham sido vendidos em Portugal cerca de 155.000 Méganes.

Com quatro níveis de equipamento, Confort, Dynamique S, GT Line e Bose Edition (segundo as motorizações), os mais vendidos são os intermédios, Dynamique S e GT Line, com motor diesel 1.5 dCi de 110cv (respectivamente, 25.350€ e 26.900€). Pudemos conduzir o Mégane GT Line equipado com o mais recente diesel 1.6 dCi de 130cv (este propulsor só está disponível nos níveis GT Line e Bose Edition), cujo preço-base é de 28.800€ (isto é, mais 1900€ que o GT Line com 110cv).

O Mégane com o motor 1.5 dCi continua a ser o mais vendido, mas o 1.6 dCi, por mais 1900€, é uma opção a considerar. Embora a Renault anuncie médias oficiais de consumos e emissões superiores para o 1.6 dCi, na prática gastámos os mesmos 5,6 l/100km com os dois propulsores. O motor menos potente tem um comportamento aceitável, mas é evidente a superioridade do 1.6 dCi nos desempenhos, nas recuperações, arranques e na maior facilidade nas ultrapassagens.

Uma terceira opção, para quem não faça muitos quilómetros anuais, é o 1.2 TCe a gasolina com 130cv, que custa menos 4550€ que o Mégane equivalente com o 1.6 dCi. A fatia de vendas dos Mégane a gasolina é residual (aliás, aqui predomina o RS com 265cv, que é de outro campeonato...) — os portugueses continuam a preferir o diesel em veículos do segmento C e superiores —, mas os motores a gasolina têm vindo a encurtar distâncias em termos de performances e, com a futura legislação europeia sobre emissões, que irá penalizar o gasóleo, é previsível que a gasolina recupere a importância que teve em tempos.

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