Fugas - Motores

  • Sandra Ribeiro
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Um adulto por dentro que quer parecer jovem

Stop, de paragem e arranque automáticos do motor). No entanto, a alteração para os modos desportivos não confere ao carro um dinamismo imediato – é necessário percorrer uma certa distância até que se comecem a sentir as diferenças.

Estando bem equipado de série, o classe C comete a falha de muitas marcas premium: colocar itens como opcionais que em carros desta gama deveriam vir de série. Casos do sistema de estacionamento activo (731,71€), cujos sensores, refira-se, são demasiado discretos, e de um sistema de navegação (pelo qual demos falta. Câmara (500€) nem vê-la e para incluir assistente de ângulo morto, no caso muito útil dada a sua configuração, há que desembolsar 600€.

BARÓMETRO

+ Consumos, segurança, qualidade de materiais
- Equipamento, acabamentos, performances dinâmicas

Pouco dinâmico
A Mercedes equipou este classe C 220 BlueTEC com a tecnologia que permite alterar o perfil do carro mediante as necessidades do condutor. Mas, se é verdade que o modo ecológico permite uma poupança considerável, quando se alteram os parâmetros para um comportamento mais desportivo a resposta dinâmica não é a que se espera e a tonelada e meia de carro não se deixa de fazer sentir. Isto apesar de a Mercedes colocar os 7,7 segundos como o tempo necessário para o carro ir dos 0 aos 100 km/h.

Tudo arrumado
Não obstante as linhas caídas de coupé que o caracterizam, o classe C consegue ser um verdadeiro burro de carga. Não tanto pelo espaço oferecido – a mala acomoda 480 litros –, mas pelo desenho da mala que permite uma fácil e despachada arrumação. Porém, é a abrir a mala que alguns pontos negativos se evidenciam. Nomeadamente os acabamentos de pintura amarrotados no interior ou os ganchos de abertura que denunciam o uso de um plástico de pouca qualidade. Não havia necessidade.

Poupado? Muito!
Não é preciso fazer muitos quilómetros, nem sequer sair da cidade, para observar a grande qualidade deste classe C: é um carro muito poupado. A marca aponta para um consumo médio entre os 4,0 e os 4,2 l/100km e a verdade é que não se andou muito longe disso. Pela auto-estrada não se chegou a marcar uma média de cinco litros e pela malha urbana, mesmo em contínuo pára-arranca não se ultrapassou uma média de 5,5 l/100km. O que para um carro com 1550kg em vazio não deixa de ser impressionante.

Visibilidade? Pouca!
Não há bela sem senão. E o tal recorte que confere a esta berlina um ar elegante também é responsável por um vidro traseiro demasiado curto para proporcionar uma boa visibilidade traseira – sobretudo quando os lugares de trás são ocupados por adultos. Outro detalhe é o facto de o pilar C ser tão fechado e a chapeleira ser tão levantada que uma olhadela repentina dá aso a pensar-se que temos um veículo em ângulo morto. E, por isso, a alguns sustos.

FICHA TÉCNICA

Mecânica
Cilindrada: 2143cc
Potência: 170cv às 3000-4200 rpm
Binário: 400 Nm entre 1400 e 2800rpm
Cilindros: 4 em linha
Válvulas: 16
Alimentação: Injecção directa por conduta comum. Turbo de geometria variável. Intercooler
Tracção: Traseira
Caixa: Manual de seis relações
Suspensão: Paralelogramo deformável com molas helicoidais, à frente e atrás
Direcção: Pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica
Diâmetro de viragem: 11,2 entre paredes
Travões: Discos ventilados, à frente; discos, atrás

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