Fugas - Motores

O primeiro de três mosqueteiros

Por João Palma

Os três “irmãos” Toyota Aygo, Peugeot 107 e Citroën C1, com nove anos de idade, já estavam ultrapassados, em especial na tecnologia e segurança. Agora surge nova geração destes três citadinos, com muitos progressos nesses aspectos.

A Toyota apresentou a segunda geração do seu citadino Aygo, um dos três modelos resultantes de um projecto conjunto Toyota/PSA, antecipando-se ao Peugeot 108 e ao novo Citroën C1, cujo lançamento também está para breve. No caso do Aygo, as pré-vendas iniciam-se em Julho e as vendas em finais de Agosto, início de Setembro. Ao contrário dos seus irmãos, o Aygo terá um único motor 1.0 tricilíndrico a gasolina de 69cv. O novo citadino tem preços a partir de 10.555€ (Aygo X de 3 portas).

O fabricante japonês optou por usar apenas o propulsor 1.0 de origem Toyota, dispensando o tricilíndrico 1.2 de 82cv de fabrico PSA (que, em conjunto com o 1.0, estará disponível no Peugeot 108 e no Citroën C1), por considerar que o motor de menor cilindrada é o mais adequado para as características do seu citadino. O novo Aygo poder ter três ou cinco portas (neste caso, custa mais 330€), mas em ambas as carroçarias a lotação é de quatro lugares (dois+dois).

Com consumos e emissões reduzidos (segundo os dados da marca), o motor 1.0 vem acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades ou, em opção, no nível X-Play Plus, uma caixa manual pilotada de cinco relações que foi trabalhada pela Toyota para reduzir o efeito de “poço” nas passagens de caixa, característica desse tipo de transmissão. Esta caixa, com um sobrecusto de 880€, tem vantagens em termos de conforto no pára-arranca citadino, mas origina performances inferiores às obtidas com a caixa manual.

Noutros mercados, haverá uma versão Eco, dotada de sistema Start/Stop (paragem e arranque automáticos do motor), mas, ao contrário do que sucede com veículos de outras marcas que, face ao regime fiscal português, disponibilizam essa variante (muitas vezes em exclusivo), a Toyota Caetano, representante da marca em Portugal, optou por não comercializar essa versão, porque os benefícios fiscais não compensariam o aumento de preço decorrente da adição dessa tecnologia.

Face ao modelo da primeira geração, o novo Aygo representa um corte radical em vários aspectos, a começar pelo visual, muito marcado pelo desenho em X, de cor diferente do resto da carroçaria, que, partindo do pilar A, engloba os faróis e a grelha dianteira. Aliás, o X é um tema recorrente deste citadino, incluído nas designações dos diferentes níveis de equipamento e do sistema multimédia. “Go Fun Yourself” (Vá-se Divertir) e “J-Payful” (J-Divertido) são os motes que a Toyota escolheu para caracterizar a jovialidade deste pequeno carro, a qual se revela tanto no exterior como no interior.

Com 3455mm de comprimento, 1615mm de largura e 1460mm de altura, o novo Aygo cresceu 25mm e é 5mm mais baixo que o seu antecessor. Mantendo os 2340mm da distância entre eixos, as vias dianteira (1430mm) e traseira (1420mm) foram alargadas em 8mm, o que, em conjunto com a menor altura, melhorou a estabilidade e a eficiência aerodinâmica do veículo. No interior, ressalta o maior conforto proporcionado por todos os bancos, mas o espaço atrás continua reduzido. Em contrapartida, a capacidade da bagageira subiu para 168 litros (mais 29 litros que a do primeiro Aygo).

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