Fugas - Motores

  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio

Continuação: página 2 de 3

O enorme familiar também pode ser um potente diesel

BARÓMETRO
+ Espaço, conforto, info-entretenimento e conexões, qualidade geral, resposta do bloco.
- Preço, demasiada confusão no tablier, consumos.

Espaço para todos
Com a inclusão de dois lugares extra, que podem ser arrumados de forma a capacitar a mala com um volume mínimo de 645 litros, o Citroën Grand C4 Picasso é o verdadeiro amigo das famílias numerosas ou de quem tenha que transportar regularmente mais que cinco passageiros. Refira-se que os dois lugares da terceira fila são fáceis de montar e, muitíssimo importante, de fácil e rápido acesso. Espaço, aliás, é coisa que não falta a este Picasso. Os lugares dianteiros podem, inclusive, ser caracterizados pelo espaço de que dispõem a toda a volta, ao ponto de se parecer que se está quase que a flutuar – uma sensação que assenta sobretudo num pára-brisas panorâmico que faz parte do “ADN” do renovado modelo. Quanto aos arrumos, o Citroën Grand C4 Picasso oferece vários espaços de distintas capacidades e formas.

Demasiada informação
Com dois grandes ecrãs, um localizado junto ao vidro do pára-brisas e outro na consola central, por vezes o difícil é saber que visor consultar e para quê. Até que por fim se compreende que, aos comandos deste carro, sofre-se de excesso de informação. O facto pode ser perturbador e ser responsável por se tirar os olhos demasiadas vezes da estrada. O C4 Picasso só terá a ganhar se, numa futura revisão, se estudar uma maneira de limpar o painel e agilizar as plataformas de info-entretenimento.

Um falso pequeno
Se se olhar apenas para a frente do Citroën Grand C4 Picasso, a ideia poderá ser de se ter pela frente um carro de pequenas dimensões ao nível do comprimento. Algo que impressiona quando os olhos fogem até à traseira. Afinal, o carro mede 4597mm. Com a nova plataforma — a EMP2 (Efficient Modular Platform 2) que a Citroën estreou precisamente com o C4 Picasso —, a Citroën “encolheu” o capot, aumentando consequentemente o espaço no habitáculo. O único “defeito” é que, mesmo com os braços compridos, parece que tudo está demasiado longe do condutor.

O mais potente diesel
O bloco 2.0 BlueHDi é o mais potente dos diesel que servem o Grand C4 Picasso e também o mais caro – tanto ao nível de preço de venda ao público como de sustentar. O consumo anunciado, com jantes de 18’’, é de 4,6 litros por cada cem quilómetros percorridos por distintos traçados. No entanto, ao longo das voltas dadas, o número apontado como média de consumo misto nunca foi cumprido. É de referir ainda que, não obstante o facto de se notar uma diferença para melhor no desempenho da caixa acoplada a este motor, uma automática de seis marchas, o 2.0 litros é mais ruidoso que o 1.6 de 115cv.

FICHA TÉCNICA

Mecânica
Cilindrada: 1997cc
Potência: 150cv às 4000 rpm
Binário: 370 Nm às 2000 rpm
Cilindros: 4
Válvulas: 16
Alimentação: Gasóleo, com sistema de injecção directa por rampa comum. Turbo de geometria variável e válvula ar-ar
Tracção: Dianteira
Caixa: Automática de 6 relações
Suspensão: à frente, Pseudo Mcpherson; atrás, travessa deformável
Direcção: Pinhão e cremalheira, eléctrica assistida
Diâmetro de viragem entre passeios/paredes: 11,0/11,4 metros
Travões: Discos ventilados à frente; discos sólidos atrás

--%>