Fugas - Motores

  • Miguel Manso
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O Fiat 500 foi à musculação

Apenas um reparo: como o Fiat  500X traz de série um muito criticável kit de “reparação” de pneus para todas as suas versões, incluindo as aptas para incursões fora de estrada, justificava-se a inclusão de uma roda sobresselente na lista dos opcionais.

PORMENORES

Poupadinho, mas…

Este SUV derivado de um citadino, equipado como motor 1.6 a gasóleo de 120cv acoplado a uma caixa manual de seis velocidades, suave e precisa, tem performances muito aceitáveis e com um binário máximo de 320 Nm disponível logo às 1750 rpm tem força logo desde o arranque. Acresce que é bastante comedido nos consumos: em mais de 600km de um percurso variado, que inclui estrada, auto-estrada e cidade, com alguns engarrafamentos, obtivemos uma boa média de 5,4 l/100km. E em auto-estrada, dentro dos limites de velocidade, pode consumir menos de 5,0 l/100km. No computador de bordo, é registada a melhor média. No caso do veículo que conduzimos, alguém conseguiu 4,9 l/100km, feito devidamente realçado por uma taça circundada por ramos de louro.

…com sangue na guelra quando necessário

As boas médias de consumos conseguem-se no modo Auto, um dos três modos de condução seleccionáveis através de um botão na consola central atrás da alavanca de velocidades. Os outros dois modos são o All-Weather, para situações de pouca aderência do piso (chuva, lama, etc.) e o Sport. Usámos este último modo em situações em que era preciso uma resposta rápida nas recuperações e ultrapassagens e nota-se a diferença na rapidez da resposta do carro. Mas, claro, esse “luxo” paga-se em gasto de combustível.

Bonito e espaçoso

Tivemos uma experiência curiosa ao oferecer boleia a outras pessoas: quando lhes dissemos que as iríamos buscar num Fiat 500, responderam-nos que tal não seria possível porque seríamos cinco ocupantes no total e no 500 mal cabem quatro. Ao depararem-se com o Fiat 500X e depois de sentarem com razoável comodidade lá dentro (o túnel de transmissão central é baixo, pelo que até o passageiro do meio atrás tem espaço para as pernas), comentaram: “Isto só de nome é que é um Fiat 500. Não tem nada a ver!” Acabaram por comentar que havia pontos comuns no visual, mas que as semelhanças ficavam por aí.

Não havia necessidade

Há sempre uma serpente no Paraíso. Com uma impressão muito positiva do 500X, ao levantar o fundo da mala (de fundo duplo, com bom formato e boas dimensões), foi como se depois de uma boa refeição nos tivessem servido um café de má qualidade: no espaço circular que deveria albergar uma roda sobresselente, acoitava-se um kit de “reparação” de pneus. A versão do Fiat 500X que conduzimos, Pop Star, está vocacionada para o asfalto, mas até as variantes Cross (algumas com tracção 4x4) trazem o kit como equipamento de série. Este só remedeia furos milimétricos, além de estragar o pneu, requerendo a sua substituição, bem como comprar nova carga para o kit. Embora não constasse da lista de equipamento, foi-nos dito que alguns dos 500X traziam roda sobresselente. Se for possível adquiri-la é uma opção muito recomendável.

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