Ainda sobre o espaço há a referir o porta-bagagens que, não sendo nenhuma referência, consegue acomodar até 463 litros. No entanto, com os bancos rebatidos, a capacidade cresce para uns impressionantes 1620 litros, com um bónus: a facilidade com que se consegue rebater os bancos traseiros, usando para tal apenas uma pequena alavanca situada nas paredes da mala. Não só é rápido como muito prático. Ainda sobre a bagageira, nota positiva para o tapete, com uma das faces em borracha, o que permite transportar objectos molhados ou sujos sem grandes preocupações.
O CX-5 2.2 que conduzimos custa desde 38.705,20€, com nível de equipamento Excellence e pacote Navi, o que significa que inclui sistema de navegação. E o Excellence, sendo o nível mais bem equipado, não deixa quase nada de fora. Além do travão de mão eléctrico já referido, chega com chave inteligente, o que quer dizer que basta ter a dita no bolso para abrir as portas, a mala, arrancar com o carro, desligar, trancar o carro. Junte-se a isto sistema de arranque inteligente, cruise control, ar condicionado automático, sensores de luz e chuva, bancos dianteiros aquecidos, sistema de audio Bose, câmara de estacionamento traseiro, apoiada por sensores dianteiros e traseiros. Por tudo isto, é fácil esquecer os pequenos pecadilhos, como um vidro traseiro demasiado cortado para se conseguir uma visibilidade excelente ou um apoio de braços que poderia estar mais bem estudado.
Resumindo, a renovação do CX-5 confirma aquilo que já se sabia — este é um SUV compacto de confiança e do qual é fácil de se gostar — e melhora os aspectos que tinham ficado em 2012 por limar. Mas serve também para aguçar a curiosidade face ao CX-3, o mano menor do CX-5 que, se conseguir replicar os predicados deste, poderá ser um concorrente de peso no cobiçado segmento dos pequenos SUV. É esperar para ver.
BARÓMETRO
+ Preço vs. equipamento, facilidade de condução, conforto, suspensões
- Consumos, visibilidade traseira
Pormenores
Equilibrado
É o mais fraquinho dos blocos propostos ao mercado luso. Mas, mesmo tendo “apenas” 150cv, esta versão do propulsor a diesel de 2.2 litros da Mazda é certamente a aposta que beneficiará mais. Aquilo que lhe falta em velocidade máxima sobra-lhe em robustez. E, não sendo propriamente rápido, consegue aproveitar bem um binário máximo disponível logo a partir das 1800rpm, para apresentar uma marca de 9,6 segundos na aceleração dos 0 aos 100 km/h. E na altura de abastecer, não sendo poupadinho, consegue ser bem melhor que a versão de 175cv.
Sóbrio
A máxima do “menos é mais” poderia ser perfeitamente aplicada à renovação dos interiores do CX-5. Tudo está mais limpo, mais sóbrio, mais bem arrumado. Enfim, mais funcional, sem que nos estejamos sempre a perder entre botõezinhos que parecem estar apenas a enfeitar, uma vez que nunca chegamos a conseguir utilizá-los. É um risco que não acontece com este carro. Seja o painel de instrumentação atrás do volante, seja toda a área onde se concentram as funções de info-entretenimento ao centro do tablier, com comandos na consola. Tudo foi trabalhado no sentido de simplificar.