Fugas - Motores

  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso
  • Miguel Manso

Continuação: página 2 de 3

Ostentação de luxo (e potência) sobre rodas

Isto acontece tudo em estrada aberta e em velocidade. E no pára-arranca? A primeira ideia que nos vem à cabeça antes de enfrentarmos a cidade em hora de ponta é que este é daqueles carros chatos que nunca estão satisfeitos abaixo das duas mil rotações. Mas eis que a fera revela o seu charme de gato sorrateiro, mostrando-se competente em todas as situações. Até quando lhe pedimos para seguir embalado o ritmo do caos do trânsito urbano.

Não é só o comportamento dinâmico do carro que se altera quando se troca de modo de condução. Além dos consumos (os valores médios, diz a marca, andam nos dez litros, mas a maioria das vezes que nos atrevemos a espreitar os dígitos estes eram bem mais assustadores), também o som emitido pelo escape difere.

E quando julgamos que já vimos tudo o que o carro tem para mostrar eis que nos pomos à descoberta do que os pequenos botões à nossa esquerda escondem. Um exibe tudo que está à volta do carro no ecrã localizado ao centro do tablier. Até aqui nada de novo. Outro acciona ou desliga o head-up display. Mas há um que nos obriga a abrir a boca de espanto: transforma o painel de instrumentos num ecrã com a qualidade de um cinema para mostrar tudo o que se desenrola à nossa frente. Até quando a falta de visibilidade não o permitiria.

Não satisfeitos com a lista de mimos e luxos? Então deixe-se a cereja para o fim e assista-se ao transformar do tejadilho panorâmico que a Mercedes descreve de mágico: ao toque de um botão passa de azul opaco a cristalino como água.

PORMENORES

Confortável

No pára-arranca citadino, a “voar” pela auto-estrada, a cortar curvas, numa longa viagem. Seja qual for a situação, o S63 AMG Coupé prima sempre pelo conforto, sobretudo dos passageiros dianteiros. Os bancos desportivos estão mais para principescas poltronas, ajustáveis nos comandos localizados nas portas. Melhor: equipados com o sistema dinâmico de bancos, os assentos compensam com o apoio lombar activo qualquer curvinha ou desnível. Nos dois assentos traseiros o conforto volta a dar cartas e a entrada é facilitada pelo sistema de rebatimento dos bancos dianteiros. Já o espaço na traseira não é nenhuma referência.

Sempre à vista

Por mais que se dê valor à simplicidade, é difícil não sucumbir aos encantos de tantos apetrechos, assistentes e funcionalidades de alta tecnologia. O que leva o prémio “uau!” é o assistente de visão nocturna com infra-vermelhos que, quando accionado, transforma o visor de instrumentação num ecrã com uma definição que impressiona, apresentando tudo o que se passa à nossa frente. As ajudas à condução não se ficam por aqui: o sistema de cruise control não só se certifica que a distância em relação à viatura da frente é de segurança como se encarrega de corrigir o volante seguindo as vias desenhadas.

Potência e força em V 

Esconde-se sob o capot, mas não deixa de ser uma das estrelas mais brilhantes deste carro. O bloco biturbo de 5.5 litros e oito cilindros em V que esconde 585cv e que revela um binário máximo de 900 Nm – uma potência e uma força sabiamente geridas pela automática AMG Speedshift, de sete relações, com distribuição pelas quatro rodas. O “cozinhado” permite à Mercedes-Benz anunciar sem hesitações uma aceleração dos 0 aos 100km/h em 3,9s (!). Já a velocidade máxima está, como em tantos outros veículos, limitada electronicamente a 250 km/h.

--%>