Fugas - Motores

  • Mara Carvalho
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Uma versão atraente, funcional e económica do Novo 208

A condução do 208 é muito fácil e o manuseio da caixa de velocidades, de cinco relações, não exige nenhuma sabedoria. Tanto em cidade como em estrada, o carro cumpre muito bem com tudo o que lhe é exigido. Por auto-estrada, embora se mostre à vontade com o traçado, são mais notórias as falhas na insonorização do habitáculo — mesmo a velocidades regulamentares mais parece que se está a voar.

Em Portugal, os três níveis de equipamento, consoante as motorizações, são Access, Active e Allure. Ensaiámos a versão de equipamento média, que constitui uma boa aposta. O nível Active junta ao Access — que inclui cruise control, computador de bordo, vidros eléctricos à frente, fecho centralizado com comando à distância e sensor de pressão dos pneus — vidros eléctricos traseiros, ar condicionado manual, luzes diurnas em LED, retrovisores com comando eléctrico, ecrã táctil de 7’’ com conexões USB, Bluetooth e comandos no volante.

PORMENORES

De olhar vincado
Uma “cara nova”, como afirma a própria marca. Este relançamento do modelo de 2012 passa também por uma actualização estética que, idealizaram os responsáveis, pretende mostrar uma viatura mais larga e mais dinâmica. E, tendo em conta que tanto largura como altura reais não sofreram alterações (o carro está apenas mais comprido), pode-se dizer que o objectivo foi atingido. Mas além de mais dinâmico, os franceses quiseram tornar este 208 mais sofisticado, optando por uma assinatura luminosa em LED a criar “um olhar vincado”. Atrás, os destacados farolins de três garras equipam a totalidade da gama.

Bom mas barulhento
Quase tudo no bloco 1.6 de 75cv é motivo para elogios. A começar pelo nível de emissões, colocadas abaixo da fasquia dos 100g de CO2 por quilómetro e com emissões de partículas que respeitam a restrita e exigente norma Euro 6. Os seus 75cv são bem aproveitados e não é difícil tirar partido desta potência quando é necessário fugir de algum obstáculo ou executar alguma ultrapassagem, mesmo sabendo que para ir dos 0 aos 100 km/h há que esperar mais de 13 segundos. Outra grande qualidade é a sua faceta económica: em viagem por estrada, com muitas reduções e algumas ultrapassagens, obtivemos uma média de 4,4 l/100km. No entanto, há muito trabalho a fazer no que diz respeito ao ruído. O motor é ruidoso e a fraca insonorização do habitáculo não ajuda a que isso passe despercebido. 

Info concentrada
Onde param os muitos botões que nos põem com a cabeça às voltas? Simples: em lado nenhum. Grande parte das funcionalidades está concentrada no ecrã táctil, de 7’’. Neste consegue-se gerir a maioria das características do carro, vigiar consumos e médias de velocidade, trabalhar com o telefone emparelhado, seleccionar fontes de media ou deixarmo-nos guiar por um eficaz, e muito fácil de usar, sistema de navegação. Também o volante é parco em botões, exibindo apenas os relacionados com o telefone e com o sistema áudio. Pena, porém, que os instrumentos para gerir o
cruise control se encontrem numa manete sob o volante — é que para conseguir usá-la há que primeiro decorar as várias posições.

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