Fugas - Motores

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A carrinha familiar da Peugeot está mais dinâmica e poupada com a nova caixa automática

Por Carla B. Ribeiro

Desde a sua introdução, no final do ano passado, que a nova caixa automática adoptada pelo grupo PSA veio dar uma nova vida aos carros do grupo que, até então, podiam ser equipados apenas com uma transmissão manual ou com uma pilotada que exibia um comportamento muito pouco apelativo. Com a Efficient Automatic Transmission (EAT6) produzida pela Aisin, conhecida por fabricar caixas automáticas de qualidade, tudo mudou de figura.

Já tínhamos tido a oportunidade de experimentar a nova EAT6 noutros carros, nomeadamente no Peugeot 508 RXH 2.0 BlueHDi de 180cv. Agora foi a vez de verificar do que ela é capaz num modelo menos potente: o 308 BlueHDi, na versão carrinha (SW), com 120cv. E se num veículo de 1792kg, como é o caso do RXH, a caixa ainda denunciava alguma hesitação no arranque, com a 308 SW, com menos quase meia tonelada, nem isso se tem a apontar.

As passagens de caixa são rápidas e fluidas, sem os soluços que a velhinha caixa pilotada da Peugeot exibia, muito por conta da tecnologia Quick Shift, mas também pela redução do atrito interno. Facto é que esta nova transmissão automática beneficia em muito a condução urbana do pára-arranca, mas que sabe pelo mundo quando se tem quilómetros e quilómetros de estrada pela frente, contribuindo para um maior conforto de quem segue aos comandos.

De referir que a introdução da nova caixa de velocidades automática de seis relações contribuiu para uma redução significativa das emissões de CO2: com o bloco 1.6 de 120cv a marca aponta para uma média de emissões na ordem dos 96 g/km, com a quantidade de partículas emitidas a obedecerem a norma Euro 6. Com caixa manual, as emissões serão na ordem dos 102 g/km (também Euro 6).

Sem qualquer diferença quer na velocidade máxima (195 km/h) quer no tempo de aceleração dos 0 aos 100 km/h (9,9s), encontram-se disparidades nos consumos oficiais: com caixa manual a média da marca é de 3,9 l/100km; com a nova transmissão automática o consumo misto situa-se nos 3,7 l/100km. A diferença é ainda mais evidente na média do consumo urbano: 4,7 contra 4,1.

Com o conforto da condução aprimorado, a comodidade da vida a bordo permanece muito boa. Mais ainda tendo em conta que nos foi proposta a carrinha com o nível de equipamento de topo, Allure. Além de todos os assistentes de condução e dispositivos de segurança habituais (ABS, controlo de estabilidade electrónico, airbags frontais, laterais à frente e tipo cortina, cruise control, etc.), a lista de equipamento junta ajuda ao estacionamento (traseiro e dianteiro), ar condicionado automático bizona, assistente no arranque em subidas, faróis de nevoeiro, faróis dianteiros “full LED” (no habitáculo destaque para a iluminação ambiente em LED), retrovisores rebatíveis electricamente com iluminação de acolhimento, contorno dos vidros em cromado, vidros laterais traseiros e óculo escurecidos, bancos dianteiros tipo baquet, jantes em liga leve de 17” e tecto panorâmico em vidro. A unidade ensaiada tirava ainda partido de vários extras: acesso e ligação mãos-livres, bancos, volante e punho em pele, park assist, com sistema de vigilância de ângulo morto e câmara de visão traseira, ecrã táctil com navegação, leitor de CD e Peugeot Connect Box. Mimos que inflacionam o preço do carro em cerca de 2600 euros.

Destaque ainda para a capacidade de carga desta carrinha, com a mala a proporcionar arrumação a 556 litros. Além do mais, a configuração do porta-bagagem favorece a arrumação. Com a fila traseira rebatida, o volume de carga cresce para mais de 1600 litros, sendo que a Peugeot acena com o seu banco Magic Flat, que revela uma superfície inferior da bagageira perfeitamente plana.

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