Fugas - Motores

Bruno Lisita

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Um familiar que se propõe a combater a preferência lusa dos diesel

A (inteligente) utilização de espaço volta a ser testemunhada na bagageira que, com uma capacidade que pode ir dos 537 aos 630 litros (depende da configuração dos bancos traseiros), é capaz de acomodar sem dificuldades a bagagem dos cinco ocupantes. Mais ainda quando apresenta uma configuração regular, com formas rectilíneas, que facilitam a distribuição das malas e malinhas. Também pelo habitáculo há vários buraquinhos que permitem diferentes tipos de utilização: desde arrumar o telemóvel bem escondido enquanto carrega a bateria num compartimento aveludado até acomodar uma garrafa de água nas arrumações laterais das portas.

Além de espaçoso, o habitáculo promete conforto, notando-se alguma preocupação com os materiais usados, sobretudo ao longo do tablier e na união do pilar A, junto ao vidro pára-brisas. E, com toda a parafernália tecnológica, o C4 consegue manter alguma sobriedade pela consola, dominada por dois ecrãs: um bem no centro, no qual se podem ler todo o tipo de informações, e outro, mais pequeno e mais próximo de ser manuseado, no qual se podem configurar as várias funções: climatização, media, navegação. Além deste ecrã táctil, a maioria das funcionalidades pode ser comandada a partir do volante.

Já no capítulo da segurança, o C4 Picasso confirma a sua natureza familiar, oferecendo um conjunto de sistemas que o colocam entre os mais seguros de acordo com o Euro NCAP: cinco estrelas, com 86% na protecção de ocupantes adultos, 88% nas crianças, 68% nos peões e 81% nos dispositivos auxiliares de segurança. Para tal contribuiu o facto de incluir aviso de mudança de faixa de rodagem, que alerta o condutor através da vibração do cinto de segurança, cintos de segurança activos, aviso de ângulo morto, de monitorização de pressão nos pneus ou funcionamento automático dos faróis. Além destes, é de destacar um radar colocado na frente do veículo que, entre os 70 e os 150 km/h, permite manter uma distância segura em relação aos carros precedentes (é o condutor que escolhe o tempo de distância entre os 0,5 e os três segundos), fazer a regulação activa de velocidade ou emitir um alerta no caso de risco de colisão.

Sóbrio e fácil de usar
O C4 Picasso nunca foi um carro que ostentasse mais do que o que oferecia, mas nesta nova versão está mais sóbrio e todo o tablier foi limpo de botões “parasitas”. Isso foi conseguido com a inclusão de dois ecrãs distintos. Um quase panorâmico, incrustado no topo do tablier, cuja função é informativa, e outro, táctil, no centro da consola a partir do qual se podem gerir várias funções do veículo: climatização, media, navegação. Além deste ecrã táctil, a maioria das funcionalidades pode ser comandada a partir do volante e sem tirar os olhos da estrada.

Arejado e de vistas largas
O pára-brisas panorâmico faz parte do “ADN” do C4 Picasso que, tanto pela sua forma, como pela sua extensão, sobretudo quando se recolhem as palas, o pára-brisas forma uma espécie de janelão sobre tudo o que rodeia os ocupantes. Esta particularidade é sobretudo vivida pelos ocupantes da frente. Mas, como em quase tudo neste carro, os passageiros traseiros não foram esquecidos. Para estes, um tecto panorâmico, de fácil abertura, transforma todo o tejadilho num ecrã com vista para o mundo real, ideal para dias em que o sol anda envergonhado.

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