À modernização das linhas exteriores corresponde um ambiente interior radicalmente diferente para melhor face ao da anterior geração. Acabou-se a profusão de botões, substituídos por um ecrã táctil (policromático e com sistema de navegação no nível Innovation).
Com uma instrumentação mais moderna e de melhor leitura e accionamento, o novo Opel Astra vem bem equipado mesmo no nível de entrada, Edition, que já inclui auxílio ao arranque em subida, luzes de dia em LED, rádio CD com sistema multimédia Intellilink, incluindo emparelhamento com smartphone e transposição das funções deste (inclusive navegação por GPS) para o sistema do carro, Bluetooth, programador de velocidade, ar condicionado, etc.
Claro que a lista de equipamento de série é grandemente reforçada no nível de equipamento superior, Innovation, que era o que trazia o veículo que nos disponibilizaram. Isso pode ser confirmado na Ficha Técnica, em particular na secção Vida a Bordo. O acréscimo em equipamento compensa largamente as diferenças de 1000€ para o nível Dynamic (25.720€) e de mais 1750€ deste para o Innovation (27.470€). Já talvez se justifiquem menos os 2000€ adicionais entre o 1.6 CDTI de 110cv e a variante de 136cv — o propulsor de 110cv é muito equilibrado e com performances adequadas para este Astra.
Com todas as qualidades já referidas, o novo familiar compacto da Opel assume-se como um sério concorrente num segmento C recheado de boas propostas.
Poupadinho…
Os veículos da Opel equipados com a nova geração de motores, tanto a gasolina como a gasóleo, têm um bom comportamento dinâmico mas não se costumam distinguir pela economia de consumos. Pois bem, este Astra, sem perder qualidades, é extremamente poupado. Num percurso misto, obtivemos uma média de 4,5 l/100km num carro novo (é previsível que, com 20.000km percorridos, os consumos ainda baixem mais). Um caixa de velocidades bem escalonada, o menor peso e a melhoria na aerodinâmica contribuíram para a obtenção desta boa média.
… até nos espaços para arrumação
As poupanças também se alargam aos espaços disponíveis no habitáculo para arrumar pequenos objectos e aí não são tão positivas. Seria útil a existência na consola central de um espaço aberto para a carteira, telemóveis (do condutor e do pendura), etc. Há um sítio na consola para colocar duas pequenas garrafas e um compartimento sob o apoio de braços central, mas isso não é muito prático, em especial no caso da carteira, que convém ter à mão para pagar portagens, etc. Positiva é a enorme redução dos botões de comandos existentes na anterior geração, substituídos em grande parte pelas funcionalidades do ecrã táctil.
Um anjo da guarda permanente
Há, porém, três novos botões no tejadilho, por cima do pára-brisas, que são bem-vindos: os comandos do sistema Opel OnStar, o mais completo sistema de assistência ao condutor e ao veículo existente no mercado. O botão vermelho é de emergência em caso de acidente; o azul é de assistência, estabelece contacto com um operador para vários serviços como informações, descarga de rotas para o sistema de navegação, diagnóstico do veículo, etc.; o preto para privacidade, oculta a localização e informações do veículo (embora em caso de acidente grave este comando seja anulado e seja prestada a assistência necessária). Entre as funcionalidades do OnStar contam-se a localização do veículo (em caso de furto, a ignição do carro é bloqueada), assistência em caso de colisão (mesmo sem premir o botão de emergência), aplicação para smartphone, um hotspot Wi-Fi para ligar até sete dispositivos, etc.