Audi A4, Honda HR-V, Hyundai i40SW, Mazda CX3, Nissan Pulsar, Opel Astra e Skoda Superb. São estes os candidatos ao Essilor Carro do Ano/Troféu Volante de Cristal 2016, organizado pelo semanário Expresso e pela SIC/SIC Notícias, após uma primeira ronda de votação e na sequência de um período de testes dinâmicos com todos os modelos inscritos.
Agora cabe ao júri, composto por 19 jornalistas em representação dos respectivos órgãos de comunicação, PÚBLICO incluído, analisar os sete modelos e escolher o que melhor “represente, simultaneamente, um avanço tecnológico significativo no âmbito do mercado automóvel nacional e o melhor compromisso para o automobilista português em termos de economia, segurança e agradabilidade de condução”.
Enquanto isso, está a decorrer o prémio Escolha do Público, que passa por “envolver a comunidade de entusiastas de automóveis” na escolha do carro que em 2015 mais se destacou. A recolha do voto num dos 24 modelos originalmente a concurso é feita em passatempocarrodoano2016.pt, até às 15h de dia 12 de Fevereiro.
Antes do anúncio dos vencedores, tanto do troféu máximo como de cada categoria a concurso (Citadino, Carrinha, Crossover, Executivo e Monovolume), agendado para 18 de Fevereiro, haverá ainda uma última sessão de estrada, dias 12 e 13 de Fevereiro, com os sete finalistas.
Carro do Ano - Candidatos
Audi A4 2.0 TDI 190cv
Eis um carro que precisa de um pouco mais de atenção para se compreender que se trata de uma nova geração e não de um mero upgrade de estilo. É que, aparentemente, pouco está diferente. Mas é uma mera ilusão. O A4 surgiu em 2015 totalmente revisto — a marca fala numa mudança de cerca de 90% dos seus componentes —, tendo emagrecido à volta de cem quilos, um feito conseguido recorrendo à plataforma MLB e a um maior número de componentes em aço de alta resistência e alumínio.
Visualmente, mantém os traços que o caracterizam, apostando num estilo sóbrio, mas adopta várias características dinâmicas que o aproximam bastante do design dos seus irmãos maiores. À frente, destaque para uma nova grelha de lâminas prateadas, e para novos grupos ópticos: de série é equipado com luzes Xénon, mas é possível optar por LED ou Matrix. De perfil, observam-se linhas pronunciadas que, além de se imporem esteticamente, contribuem para uma melhoria nos coeficientes aerodinâmicos. Isto apesar de o carro estar maior.
Ao nível da motorização em causa, o bloco de 2.0 e 190cv mostra-se mais que competente, conseguindo até ser bastante animado, sobretudo quando se recorre aos diferentes modos de condução. E, apesar das boas performances, o A4 é capaz de ser parcimonioso nos consumos, não indo muito além dos 7,0l mesmo com uma condução mais brusca.
Mas onde o Audi A4 verdadeiramente inova é no campo tecnológico, reunindo um pouco do que melhor se faz na casa de Ingolstadt em matéria de segurança e apoio à condução: sistema de estacionamento automático com 12 sensores, assistência à travagem em cidade e cruise control adaptativo, etc. C.B.R.?
Motor: Quatro cilindros Diesel, 1968cc
Potência: 190cv @ 3800 rpm
Aceleração 0-100 km/h: 7,7s
Velocidade Máxima: 240 km/h
Consumo Médio: 4,3 l/100 km
Emissões CO2: 111 g/km
Preço: 49.415€
Honda HR-V 1.6 i-DTEC Elegance
Se há algo que imediatamente surge à cabeça entre as mais-valias do Honda HRV é o espaço e a habitabilidade proposta. Para o condutor, que depressa se deixa seduzir pela excelente posição de condução e pela ergonomia dos bancos, mas também para os restantes ocupantes, que não têm razões para se queixarem de falta de espaço. Aliás, para quem se senta atrás, caso não tenha tido o “azar” de calhar no lugar do meio, é até possível esticar um pouco as pernas, um trunfo que se destaca em viagens mais longas.
No espaço há ainda a louvar uma mala que entra para as melhores entre os seus pares, com uma capacidade mínima de 470 litros. E, no caso de haver necessidade de transportar volumes maiores ou de formas mais irregulares, o Magic Seat System da Honda possibilita o transporte de volumes com até 1240mm de altura. Quando rebatidos, num instante o carro de cinco lugares transforma-se num “burro de carga”, com a capacidade a crescer até 1533 litros.
Há outro ponto a ter em conta na versão finalista: o bloco diesel 1.6 da Honda, estreado no Civic em 2012, e que provou a capacidade nipónica de inovar nos propulsores a gasóleo. No caso do HR-V já com 120cv, este motor é a prova de que é possível aliar baixos consumos a uma energia que parece inesgotável, tirando partido de uma enorme disponibilidade de binário: no caso, 300 Nm às 2000 rotações. O resultado é uma condução bastante animada, com consumos médios em torno dos cinco litros (a marca oficial é de 4,0 l/100km). C.B.R.
Motor: Quatro cilindros em linha Diesel, 1597cc
Potência: 120cv @ 4000 rpm
Aceleração 0-100 km/h: 10,1s
Velocidade Máxima: 192 km/h
Consumo Médio: 4,0 l/100 km
Emissões CO2: 104 g/km
Preço: 27.707€
Hyundai i40 SW 1.7 CRDi HP DCT 141 cv
Segura, funcional, bem equipada, económica. Todos estes atributos assentam que nem uma luva à carrinha i40 que conseguiu tornar-se ainda melhor ao apresentar-se mais refinada quer na condução quer ao nível de equipamento tecnológico. Para tal contribuem um motor diesel mais potente, 1.7 de 141cv, e uma nova transmissão automática, de dupla embraiagem e sete velocidades.
Não se tratando de uma nova geração, mas de uma actualização profunda, a i40 surge com linhas mais agressivas, tendo recebido inspiração do familiar médio i30, e uma nova grelha hexagonal. Também as ópticas, tanto dianteiras como traseiras, beneficiaram de um facelift e de luzes em LED atrás.
Ao nível da habitabilidade, nota-se o esforço por parte da marca coreana para não se esquecer de ninguém. Não deixa o condutor ressentir-se, dando-lhe uma boa posição e espaço para que possa manobrar a viatura à vontade, mas também não permite que os restantes ocupantes se sintam apertados. Na altura de viajar, a carrinha mostra-se à altura com uma mala capaz de arrumar 533 litros. De referir a aposta na qualidade dos materiais e dos acabamentos.
Com o bloco 1.7 de 141cv, a i40 é fácil de domesticar e parece estar sempre pronta para uma reacção mais brusca. Algo que é facilitado por um controlo de tracção que, em curvas mais apertadas ou mais rápidas, trava ligeiramente a roda de dentro para que a paralela receba mais binário. C.B.R.
Motor: Quatro cilindros Diesel, 1685cc
Potência: 141cv @ 4000 rpm
Aceleração 0-100 km/h: 11,0s
Velocidade Máxima: 200 km/h
Consumo Médio: 5 l/100 km
Emissões CO2: 129 g/km
Preço: 41.250€
Mazda CX-3 1.5 Skyactiv-D 105cv MT 2WD Excellence Navi
Um pequeno crossover compacto que se destaca de imediato pela sua silhueta desportiva e dinâmica. No entanto, é caso para dizer que quem vê olhos não vê coração. E se do lado de fora o CX-3 se impõe com os seus 4275mm de comprimento e 1535mm de altura, no interior é-se surpreendido pelo pouco espaço quer para ocupantes traseiros quer para bagagens. Já para quem segue à frente, tanto aos comandos como no lugar ao lado, há espaço de sobra e conforto a rodos devido à qualidade dos materiais com que a Mazda equipou este seu “cavalo de Tróia” para ocupar o nicho dos pequenos crossovers.
A qualidade dos materiais e dos acabamentos é transversal a ambas as versões disponíveis em Portugal, mas o modelo com equipamento topo de gama ensaiado tem muitos truques na manga que justificam a inflação do preço: jantes de liga leve de 18’’, faróis em LED, bancos em pele, vidros traseiros escurecidos, sensores de luz, de chuva e de estacionamento com uma muito útil câmara traseira, aviso de saída involuntária de faixa ou sistema áudio Bose.
Em particular para o condutor, o nível de equipamento Excellence revela-se uma mais-valia, assegurando a existência de vários sistemas de auxílio. É o caso do aviso de aproximação de veículos em ângulo morto, do preciso sistema de iluminação adaptativa com controlo automático de máximos ou do cruise control adaptativo.
O CX-3 consegue ser dinâmico q.b. quer em traçados urbanos, nos quais consegue fazer frente aos puros citadinos, como em estrada aberta. A resposta, não revelando nenhum portento, é eficaz na maioria das situações, conseguindo efectuar ultrapassagens rápidas o suficiente para que ninguém se sinta em perigo. Em estrada mostra-se à vontade em curva, não adornando em demasia. E, em particular nas estradas lusas, nas quais não é incomum encontrar buracos e ressaltos, o carro mostra-se capaz de absorver a maioria dos impactos, não provocando mossa aos ocupantes. O único bloco disponível em Portugal, o diesel de 1.5 litros com 105cv, é surpreendentemente silencioso, apesar de garantir boas performances, facto que não é alheio a um binário máximo de 270 Nm entre as 1600 e as 2500rpm. C.B.R.
Motor: Quatro cilindros em linha Diesel, 1499cc
Potência: 105cv @ 4000 rpm
Aceleração 0-100 km/h: 10,1s
Velocidade Máxima: 177 km/h
Consumo Médio: 4,0 l/100 km
Emissões CO2: 105 g/km
Preço: 25.620€
Nissan Pulsar 1.5 dCi EU6 110 CV N-CONNECTA
Depois de uma experiência não muito bem-sucedida com o Tiida, um veículo global, destinado a gregos e troianos, mas que não teve muita aceitação na Europa, a Nissan decidiu mudar as agulhas e criar uma berlina do segmento C destinada ao mercado europeu. O resultado foi o Pulsar, uma berlina de cinco portas e cinco lugares produzida em Espanha na fábrica de Barcelona da marca.
Visualmente, o Pulsar pode ser discreto, seguindo o espírito de um carro que se destaca mais pela funcionalidade e pela poupança que pelo design ou pelas performances. Mas tem mais trunfos na manga para fazer face à aguerrida concorrência do segmento C, entre os quais um razoável espaço interior, bom equipamento, mesmo nos níveis de entrada e intermédios, e uma especial atenção à segurança — nos testes do Euro NCAP conduzidos de acordo com os mais exigentes parâmetros de 2014, o Pulsar obteve o máximo de 5 estrelas. Pode-se assim dizer que a berlina do segmento C da Nissan é um modelo em que a razão se sobrepôs à emoção, quando foi concebido.
O comportamento contido deste pequeno familiar, com o bloco .5 dCi a gasóleo de 110cv, apela a uma condução racional e equilibrada, não sendo especialmente despachado nas recuperações e ultrapassagens e requerendo algum trabalho da caixa manual de seis velocidades. Em contrapartida é confortável e estável, para o que contribui o Controlo Activo de Chassis da Nissan, de série, que funciona como diferencial de deslizamento limitado, proporcionando um comportamento mais suave em curva e melhor tracção nas acelerações. Também não é um motor muito guloso — num percurso misto, fizemos uma média de 5,1 l/100km, muito boa para um veículo de 4,39m de comprimento e 1350kg de peso.
No interior, encontram-se alguns materiais duros mas nota-se cuidado nos acabamentos. Onde, porém, o Pulsar se destaca é no espaço do habitáculo para os cinco ocupantes, superior mesmo ao de carros de segmentos acima. Outro ponto forte é algo que é apanágio dos modelos da Nissan: a instrumentação, apesar de muito completa, é de fácil e intuitiva utilização, incluindo o sistema NissanConnect de navegação por satélite. J.P.
Motor: Quatro cilindros em linha turbodiesel, 1461cc
Potência: 110cv @ 4000 rpm
Aceleração 0-100 km/h: 11,5s
Velocidade Máxima: 190 km/h
Consumo Médio: 3,6 l/100 km
Emissões CO2: 94 g/km
Preço: 27.000€
Opel Astra 1.6 CDTI 110 Cv Innovation
Todos sabemos que não há carros perfeitos: para além das qualidades, eles têm sempre alguns defeitos bem visíveis. Porém, no novo Astra é difícil encontrar pormenores negativos a apontar. E mesmo os pontos menos conseguidos são amplamente compensados pelos consumos, performances e equipamento disponibilizados, em particular no nível mais alto, Innovation: caso do sistema de assistência ao condutor e ao veículo Opel OnStar e dos sofisticados faróis de matriz de LED, uma estreia no segmento.
A nova geração Astra não só está mais bonita por fora, com linhas fluidas e elegantes, como mais leve e aerodinâmica. Isso reflecte-se no equilíbrio na condução, na estabilidade em curva, na resposta mais rápida às manobras do volante e nos consumos: com o 1.6 de 110cv a gasóleo, obtivemos uma média de apenas 4,5 l/100km num percurso misto.
Além disso, tendo encolhido por fora, cresceu por dentro: quatro adultos com mais de 1,80m sentam-se à vontade no habitáculo. Os bancos dianteiros são ergonómicos e mais estreitos com ganho em espaço para quem se senta atrás, onde o quinto lugar, o do meio, é mais estreito, embora o túnel central seja pouco saliente.
À modernização das linhas exteriores corresponde um ambiente interior radicalmente diferente para melhor face ao da anterior geração. Acabou-se a profusão de botões, substituídos por um ecrã táctil, policromático e com sistema de navegação nesta versão. J.P.
Motor: Quatro cilindros turbodiesel, 1598cc
Potência: 110cv @ 3500 rpm
Aceleração 0-100 km/h: 11,0s
Velocidade Máxima: 195 km/h
Consumo Médio: 3,5 l/100 km
Emissões CO2: 93 g/km
Preço: 24.740€
Skoda Superb 1.6 TDI 120 Cv Style
Se queremos um automóvel grande por dentro e mais barato que os premium, então o Superb é o número 1 a nível mundial.
O Superb sempre se caracterizou pelo seu espaço abundante quer na mala, quer para os passageiros de trás. É fácil dois jogadores da NBA viajarem de perna cruzada dentro do Superb. Como se não bastasse, o espaço cresceu 39mm para o condutor e para o passageiro da frente. Os passageiros de trás desfrutam de 157mm para as pernas. A capacidade da mala cresceu mais 30 litros, o que faz com que o Superb tenha uma das melhores volumetrias do segmento com 625 litros.
O novo Superb não oferece só espaço, oferece requinte com materiais de primeira qualidade e montagem irreprensível. Como é característica dos automóveis do grupo VW, todos os comandos são intuitivos, fáceis de usar e sempre à mão.
Apanágio da Skoda são as criações “Simply Clever”. Não há novo modelo que não traga uma que surpreenda pela simplicidade e utilidade. Das 29 soluções que pretendem facilitar a vida a bordo do novo Superb, dez são novidade absoluta: dispositivo mecânico retráctil para reboque, um suporte para o tablet, uma útil forma de guardar o tablet na Jumbo Box, entrada USB e tomada de 230 V na parte traseira, porta-objectos para garrafas de 0,5 litros, compartimentos para guardar os coletes reflectores nas quatro portas, dois guarda-chuvas nas portas da frente, um raspador de gelo, lanterna LED...
Com o bloco 1.6 de 120cv, acoplado a uma caixa manual de seis velocidades, o carro revela um comportamento amplamente satisfatório: não se inibe de andar depressa, revela uma estabilidade à prova de bala e é poupado nos consumos. Com controlo dinâmico do chassis, DCC, integra cinco programas: Eco, Comfort, Normal, Sport e Individual. No entanto, com uma aceleração dos 0 aos 100 km/h de 10,9s, é de pensar duas vezes antes de enfrentar uma ultrapassagem. Mas não é por aí que perde qualidades. É que precisão, dinamismo, segurança e diversão são atributos que ninguém lhe tira. A.S.M.
Motor: Quatro cilindros em linha Diesel, 1598cc
Potência: 120cv @ 3600-4000 rpm
Aceleração 0-100 km/h: 10,9s
Velocidade Máxima: 206 km/h
Consumo Médio: 4,2 l/100 km
Emissões CO2: 109 g/km
Preço: 34.614€
Citadino do Ano - Candidatos
Fiat 500 1.2 Lounge
Honda Jazz 1.3 i-VTEC ELEGANCE
Hyundai i20 Comfort CRDi 1.1 75cv
Mazda2 SKYACTIV-D (105cv) MT Excellence HS Navi
Nissan Pulsar 1.5 dCi EU6 110cv N-Connecta
Opel Karl 1.0 75cv
Skoda Fabia 1.2TSI 90cv Style
Carrinha do Ano - Candidatos
Audi A4 Avant 2.0 TDI 190cv
Hyundai i40SW 1.7. CDRi HP DCT 141cv
Skoda Fabia Break 1.4TDI 90cv Style
Skoda Superb Break 2.0TDI 190cv DSG Style
Monovolume do Ano - Candidatos
Ford S-MAX 2.0 TDCi Titanium 180cv MT
Volkswagen Touran 1.6 TDI 110cv Highline
Executivo do Ano - Candidatos
Audi A4 2.0 TDI 190cv
DS5 Sport Chic 2.0 BLUE HDI 180cv
Skoda Superb 1.6 TDI 120cv Style
Crossover do Ano - Candidatos
Audi Q7 3.0 TDI 272cv quattro Tiptronic
Fiat 500 X 1.6 Cross
Honda HR-V 1.6 i-DTEC Elegance
Hyundai Santa Fe LUG 2.2 A/T AT Premium 4x2
Mazda CX-3 1.5 SKYACTIV-D (105cv) MT 2WD Excellence Navi
KIA Sorento 2.2 CRDi TX 7Lug 2WD
Volvo XC90 D5 AWD Inscription
