Fugas - Motores

  • Nuno Ferreira Santos
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Um galã preparado para (quase) tudo

No capítulo da segurança, o Euro NCAP, o organismo independente que avalia a segurança dos veículos automóveis comercializados na Europa, atribuiu cinco estrelas à nova geração do HR-V: com 86% na segurança dos ocupantes adultos, 79% na dos ocupantes crianças, 72% na dos transeuntes e 71% na dos dispositivos auxiliares. No caso da versão ensaiada, com equipamento Elegance, o veículo incluía cruise control adaptativo, reconhecimento dos sinais de trânsito, comutação automática de máximos, auxílio à manutenção na faixa de rodagem e travagem atenuante de colisões, alarme, volante em pele, sensores de chuva e estacionamento, espelhos rebatíveis electricamente, faróis de nevoeiro e o sistema multimédia Honda Connect com ecrã táctil de 7’’.

DETALHES

Espaçoso

É difícil não encontrar no espaço disponível, quer para bagagem quer para ocupantes (no banco traseiro até se consegue esticar um bocadinho as pernas e o único que poderá ter razões de queixa será o que calhar no mais reduzido lugar do meio), predicados positivos que elevam o HR-V para um patamar que o coloca entre os melhores do seu subsegmento. Além disso, a mala, com 470 litros, ou seja, superior ao líder do segmento Qasqhai, é de fácil acesso e revela uma boa capacidade de arrumação. Refira-se que a capacidade pode crescer até 1533 litros, com a Honda a manter a sua aposta nos bancos mágicos.

Bem calçado

Longe vão os dias em que algumas marcas, mesmo com fortes apostas nas motorizações, no design e até em detalhes mais ostensivos que essenciais, relegavam para segundo plano aquilo que agarra o carro à estrada: os pneus. Esse não foi o caso da nipónica Honda, que para o HR-V apostou em ir buscar um calçado bastante apropriado a um carro que, embora se manifeste mais à vontade no asfalto, chega com pretensões de desbravar alguns trilhos fora de estrada. Apenas de lamentar a opção pelo kit de reparação de pneus em vez de uma roda sobresselente.

Ligado e recatado

Além de espaçoso, há pelo habitáculo uma série de soluções de arrumação. No entanto, provavelmente a melhor é aquela que esconde também várias ligações, entre as quais USB e HDMI. Sob a consola, um tabuleiro bem recatado permite colocar aparelhos a carregar, longe dos olhares indiscretos, mas deixando-os à mão, sem que seja necessário abrir e fechar portinholas para chegar até eles.

Ainda por apurar

Por todo o tablier é visível a preocupação que a Honda tem tido em tornar toda a área de informação e de instrumentação menos confusa, apostando na sobriedade. E o ecrã táctil que se encontra bem no centro da acção foi um bom salto qualitativo para conseguir atingir o seu objectivo. Ainda assim, há muito por apurar no painel da instrumentação que, embora se mostre cada vez mais refinado, está ainda longe de poder ser descrito como actual.

BARÓMETRO
+ Fiabilidade, disponibilidade de binário com a motorização HR-V 1.6 i-DTEC de 120cv, espaço, economia
- Alguns plásticos mais duros, kit de reparação de pneus de série 

FICHA TÉCNICA 

Mecânica
Cilindrada: 1597cc
Cilindros: 4, em linha
Válvulas: 16
Potência: 210cv @ 4000rpm
Binário: 301 Nm @ 2000rpm
Combustível: Gasóleo    
Alimentação: Injecção directa por rampa comum. Turbo de geometria variável. Intercooler
Tracção: Dianteira
Transmissão: Manual, 6 velocidades
Suspensões: Independente, tipo McPherson, à frente; barra de torção de formato H, atrás
Travões: Discos ventilados, à frente; discos sólidos, atrás
Direcção: Pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

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