A ampla praça junto da sede da Audi, em Ingolstadt, Alemanha, foi o palco escolhido para a revelação mundial da segunda geração dos Audi A5 Coupé e S5 Coupé (a versão desportiva) na noite de 2 de Junho, perante mais de um milhar de representantes da comunicação social. Foi uma apresentação estática, a que se seguirá a estreia no próximo Salão de Paris, em Setembro, e o seu lançamento posterior, com chegada a Portugal em Novembro.
Os responsáveis da Audi arriscaram muito ao organizar ao ar livre um evento multimédia, pleno de luz, cor e movimento. Poucas horas antes do início da apresentação, choveu torrencialmente e o céu continuava muito carregado. Com chuva, o espectáculo teria sido um desastre total. Porém, a sorte protege os audazes e não choveu durante a cerimónia — nada melhor que uma acção arrojada coroada de êxito para revelar um veículo de linhas dinâmicas e emocionais que se pretende que seja um sucesso.
Os participantes puderam assistir a uma resenha histórica da evolução dos coupés, desde os coches curtos (coupé em francês significa “cortado”) aos veículos em que os cavalos se escondem sob a capota, complementada com o desfile “em carne e osso” de diversos coupés produzidos ao longo de sete décadas, desde o DKW de 1953 ao Audi RS5 participante no campeonato DTM, pilotado por Mathias Ekström.
O apogeu foi a exibição dos novos Audi A5 e S5 Coupé, as estrelas do certame, cujas linhas desportivas e elegantes captaram logo os olhares — o design é um factor importante para quem adquire um coupé. Foi, porém, no dia seguinte, em conversa, com Frank Lamberty, um dos responsáveis pelo design exterior das novas viaturas, que nos apercebemos dos pormenores que se combinam num conjunto harmonioso, reflectindo não só o cuidado mas o amor posto na sua concepção. “Foi como assistir ao nascimento de um filho”, disse Frank Lamberty, que revelou que tinha sido a primeira vez que vira os A5 e S5 Coupé em movimento, o culminar de um processo que, para ele, se tinha iniciado sete anos antes e terminado há dois.
O capot powerdome (com a parte central sobressaída e dois vincos longitudinais), as ópticas dianteiras em formato de asa, num plano superior à grelha frontal (mais baixa e mais larga que a da anterior geração), a silhueta típica de coupé, com corte traseiro na fluidez das linhas, as luzes traseiras também em forma de asa, a linha de cintura ondulada e vincada, para jogar com a luz e as sombras — tudo isto contribui para o visual de linhas dinâmicas. E também transmite o lado emocional de quem desenhou o carro. Isso ainda é mais evidente na versão desportiva, o S5 Coupé. O interior também foi redesenhado e o painel de instrumentos, à semelhança do do A4, também inclui o virtual cockpit, um ecrã de 12,3’’, que, entre muitas outras coisas, dispõe de indicadores digitais que substituem os visores de ponteiros dos tradicionais velocímetro e conta-rotações.
Em muitos veículos onde se dá primazia ao design, há um sacrifício da funcionalidade. Não é o caso dos Audi A5 e S5 Coupé. Construído sobre a nova plataforma MLB (Modular Longitudinal Platform – a mesma do A4), o novo A5 Coupé mede 4673mm de comprimento, 1846mm de largura, 1371mm de altura, 2764mm de distância entre eixos e é mais leve cerca de 60kg que o actual A5 Coupé. Às dimensões exteriores corresponde um interior espaçoso para quatro pessoas (mesmo quem se sente atrás e meça 1,80m de altura tem espaço para as pernas e não toca com a cabeça no tecto) e uma mala com 465 litros.