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Citroën C3, a aposta na versatilidade, no conforto e na poupança

Por Carla B. Ribeiro

Com o título do mais vendido no mundo inteiro entre os Citroën, o C3 avança para uma terceira geração que pretende vingar por uma “morfologia única”, pela possibilidade de personalização e pela conectividade.

Assim que foi lançado, em 2002, para substituir o Saxo, o C3 adquiriu estatuto de estrela da companhia. Best-seller da marca no mundo inteiro, o número de unidades vendidas nestes últimos 14 anos já atingiu os 3,5 milhões, sendo que, ainda no ano passado, com o modelo já a denunciar o desgaste da segunda geração de 2009, representou um quinto das vendas da Citroën na Europa. Não é, por isso, de ânimo leve que a marca gaulesa encara o nascimento do C3 de 3.ª geração, para cuja revelação decidiu convocar a imprensa mundial em peso a Lyon, França.

E o C3 que aí vem — o início da comercialização está prevista para o fim do ano — promete continuar a dar cartas entre os utilitários, cumprindo as premissas da marca: ser verdadeiramente generalista, apostando num cada vez maior conforto, sem deixar de se destacar pela simplicidade que propõe e pela ausência de ostentação. Por tudo isso, a CEO da Citroën, Linda Jackson, não tem dúvidas em enaltecer à fabricante automóvel a “capacidade de se diferenciar” dos demais concorrentes e em considerar este novo C3 “um recurso fantástico para dar um novo impulso à marca”.

A menos de seis meses do lançamento, os objectivos para o novo C3 são claros: manter a sua quota de clientes e, ao mesmo tempo, ser capaz de atrair as atenções dos mais jovens, entre os quais a empresa acredita estarem muitos potenciais novos compradores. Esta dupla ambição junta-se ainda à vontade de o carro se tornar cada vez mais internacional, criando para tal um veículo que seja facilmente justificável em qualquer tipo de mercado. Para tal, o C3 poderá tirar proveito dos três pilares em que assenta a sua existência: versatilidade, conforto, poupança.

Mas o C3 chega com outros predicados que o podem voltar a conduzir ao sucesso. Primeiro foi concebido para que prime pela unicidade, sendo difícil de compará-lo a qualquer concorrente do mesmo segmento. Depois, chega totalmente conectado com o mundo, exibindo um bom portefólio tecnológico. “Com a sua morfologia única, a sua personalização e a sua conectividade, o novo C3 traz frescura, audácia e modernidade”, resumiu Xavier Peugeot, director de produto.

Visualmente, o C3 destaca-se por uma frente elevada, pelas curvas generosas e por uma volumetria suave. Tirando o que de melhor apresentam carros como o C4 e o Cactus (do primeiro herdou a frente curta e as linhas redondas, enquanto ao segundo foi buscar a fluidez e os Airbumps), o carro destaca-se pelo elevado nível de personalização. Só em relação à pintura, há nove cores para a carroçaria (Branco Banquise, Preto Perla Nera, Cinzento Shark, Cinzento Aluminium, Vermelho Rubi, Verde Almond, Azul Cobalt, Laranja Power e Castanho Sable) que podem ser associadas a três cores do tejadilho (Branco Opale, Preto Onyx, Vermelho Aden), num total de 36 combinações possíveis.

O habitáculo, pelo qual predomina a simplicidade e os traços contemporâneos do painel de bordo horizontal, no qual se destaca um ecrã táctil flutuante, poderá dispor de quatro ambientes distintos: Série, Metropolitan Grey, Urban Red e Hype Colorado. Já o conforto a bordo é garantido pelos assentos “largos e generosos” enquanto a capacidade de carga da mala, de 300 litros, excede a da maioria dos seus concorrentes.

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