Fugas - Motores

O monovolume de sete lugares chega em 2017 com ainda mais espaço

Por Carla J. Ribeiro

A nova geração do monovolume da Renault chega em 2017 com soluções que pretendem aliar design e funcionalidade. Para Portugal, por causa das regras que determinam as classes de portagens, só vem a versão de 7 lugares servida a diesel.

Duas décadas depois do seu lançamento e com mais de cinco milhões de unidades vendidas, o Scénic, tanto na versão de cinco como de sete lugares, renasceu para se mostrar ainda mais espaçoso, eficiente e tecnológico.

A Portugal, porém, apenas chegará a última versão, cuja comercialização está prevista para o primeiro trimestre de 2017. É que o primeiro não consegue ser incluído na regra de excepção que dita que um veículo, mesmo com mais 1,1m de altura do chão ao capot, possa pagar classe 1 desde que equipado com Via Verde. Mais um caso, entre cada vez mais, que mostra o quão urgente é rever uma legislação que, à época em que foi elaborada, esqueceu-se de ter em conta quer a evolução do design automóvel quer as premissas de segurança para peões.

Posto isto, a Grand Scénic, que consegue ser classe 1 desde que com Via Verde, surge com um design que entra “em ruptura com as gerações anteriores”. De acordo com Laurens van den Acker, director do Design Industrial da marca, procurou-se “proporções novas, com rodas grandes, inspiradas no concept-car RSpace”. Assim, o monovolume apenas estará disponível com rodas de 20’’ — uma estreia no segmento, que, tirando partido da relação entre o tamanho das rodas e a altura de cintura da carroçaria, confere ao veículo dinamismo e homogeneidade. 

A inclusão de um único tamanho de roda em toda a gama permitiu ainda uma regulação de chassis adaptada para “assegurar, simultaneamente, o máximo conforto e um comportamento em estrada irrepreensível”. A Renault defende a escolha, referindo os vários aspectos positivos da mesma: atrito limitado (até porque estas rodas de 20’’ não são mais largas que as de 16’’, com 195 mm); e aerodinamismo optimizado, com um coeficiente de penetração no ar melhorado, o que se traduz num decréscimo de 2g em emissões de CO2 por quilómetro.

Esteticamente há, porém, mais diferenças para além das maiores rodas: a silhueta do Scénic ganha em largura, na distância ao solo, na distância entre eixos e na largura das vias à frente e atrás. Já a opção por um pára-brisas panorâmico, com uma inclinação bastante acentuada, pretende melhorar a visibilidade lateral e a assinatura luminosa de série integra faróis em forma de C à frente e efeito 3D, recorrendo à tecnologia Edge light. Como opção, é proposto tecto panorâmico de vidro fixo, o que transforma completamente o habitáculo.

Mas a maior mais-valia do Grand Scénic continua a ser o espaço e a sua capacidade modular. O carro tão depressa é um cinco lugares, com 596 litros disponíveis para arrumar bagagem, como se transforma num veículo capaz de transportar sete pessoas com bastante conforto. Além do espaço que encontramos para passageiros e bagagem se se optar por rebater a terceira fila de bancos, há muitas zonas de arrumação espalhadas por todo o carro que, todas somadas, acrescentam mais de sessenta litros à arrumação.

Como não podia deixar de ser, a Grand Scénic pode ser equipada com uma enorme diversidade de equipamentos de segurança e conforto. Caso do Head-Up Display a cores, da tecnologia Multi-Sense, que permite configurar o carro para cinco distintos modos de condução (Neutro, Sport, Comfort, Personalizado e Eco), do R-LINK 2, com ecrã vertical de 8,7’’, a lembrar um tablet, e que poderá permitir o acesso às funcionalidades Apple CarPlay ou Android Auto, e de um sistema de som Bose Surround.

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