Fugas - Motores

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Um monovolume espaçoso, confortável e funcional

Por João Palma

Os SUV estão a ganhar terreno aos monovolumes, um tipo de veículos em declínio. Porém, isso é só uma questão de moda: os C4 Picasso e Grand Picasso não ficam nada a perder em conforto, espaço e desempenhos face a SUV equivalentes.

É verdade que um SUV pode ter capacidades para circular fora de estrada que um monovolume não oferece. Mas quantos proprietários de SUV saem do asfalto com os seus veículos? Sob esta premissa, a Citroën continua a apostar no seu monovolume de maior sucesso, tendo procedido a uma renovação do C4 Picasso (cinco lugares) e do C4 Grand Picasso (sete lugares), ambos já disponíveis. É que, em termos de espaço, conforto, performances e conectividade, os dois conseguem até ser superiores a muitos SUV do mesmo segmento e são ambos classe 1 nas portagens.

As mudanças não são muitas, até porque a gama de motores já tinha sido actualizada em Maio de 2015. Mas há retoques de visual, melhorias na instrumentação e no sistema de infoentretenimento e a caixa manual pilotada, que, embora melhorada em 2015, deixava algo a desejar, deu lugar a uma caixa automática japonesa Aisin de conversor de binário com seis relações.

À frente, a variante de cinco e a de sete lugares têm agora visual idêntico, destacando-se a moldura cromada da grelha inferior e os novos faróis. Esteticamente, há a registar novas jantes de 17’’, três cores e novos grupos ópticos traseiros. Na parte central do tablier existem dois ecrãs tácteis, um de 7’’ e outro de 12’’, que servem os sistemas de navegação e de infoentretenimento. O sistema de navegação também é novo e há possibilidade de se emparelhar um smartphone ao veículo através da função Mirror Link.

Nos auxiliares de condução, consoante os níveis de equipamento ou os pacotes opcionais, referência para o aviso de mudança involuntária de faixa de rodagem com correcção da direcção, cruise control activo com manutenção da distância para o veículo da frente, detector de fadiga do condutor, aviso de presença de outro carro em ângulo morto e, a partir de Novembro, sistema de travagem de emergência com função autónoma. Estas funções somam-se à já existente câmara de 360º, aos máximos automáticos e ao assistente de estacionamento.

No que se refere a motorizações, há duas variantes do motor tricilíndrico de 1199cc a gasolina, com 110cv (apenas na versão de cinco lugares) e 130cv. A gasóleo, o bloco de 1560cc é proposto com 100, 120 e 150cv. A caixa automática é opção, por mais 1600€, a partir do nível Feel (os níveis de equipamento são três: Live, Feel e Shine) para os propulsores 1.2 PureTech de 130cv e 1.6 Blue HDi de 120cv. Os 1.2 de 110cv a gasolina e 1.6 HDi diesel de 100cv vêm com caixa manual de cinco velocidades e apenas com o nível Live; para os outros propulsores a caixa manual tem seis velocidades. Os preços começam nos 21.960€ do C4 Picasso 1.2 PureTech a gasolina de 110cv Live e nos 26.260€ do 1.6 HDi diesel de 100cv Live, ambos de cinco lugares. A Grand Picasso, tem preços a partir dos 25.460€ na versão Live 1.2 a gasolina de 130cv e dos 28.760€ com o bloco 1.6 HDi a gasóleo de 100cv e equipamento Live.

De referir que, mesmo no nível de entrada, os C4 Picasso e Grand Picasso vêm bem equipados: jantes de liga leve de 16’’, ajuda ao estacionamento traseiro, retrovisores rebatíveis electricamente, ecrã táctil de 7’’, cruise control, travão de estacionamento eléctrico, ar condicionado automático, mesas nas costas dos bancos dianteiros, porta-luvas ventilado, etc. Porém, por mais 1700€, a opção pelo nível Feel é aconselhável: ao Live, acrescenta jantes de 17’’, acesso e arranque por mãos livres, o Citroën Connect Box (sistema de informação, auxílio e emergência permanentes), câmara de visão traseira, ecrã de 12’’, sistema de navegação, MirrorLink e Bluetooth, vidros traseiros escurecidos, etc.

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