Fugas - Motores

Nova geração quer ser mais desportiva e multifacetada

Por Carla B. Ribeiro

O Audi Q5, lançado em 2008, prepara-se para uma nova ofensiva numa altura em que os mares por onde navega já se encheram de tubarões. Ainda assim, o SUV médio da Audi não desarma e mostra-se preparado para reafirmar o seu papel.

O primeiro Q5, revelado no Salão de Pequim em 2008, constituiu uma revolução num segmento que na época começava a dar os primeiros passos e no qual ainda poucas marcas se arriscavam. Mas, mesmo contra algumas expectativas mais cépticas, o carro triunfou, com a procura do mesmo a superar frequentemente a oferta. Agora, uma segunda geração chega para voltar a deslumbrar os que já lhe são fiéis e para conquistar novos clientes numa altura em que todos apostam em força nos SUV.

A nova geração, cujas vendas arrancaram ainda em Janeiro e com os primeiros modelos a serem entregues desde esta semana, é construída tendo por base a plataforma MLB Evo, a mesma que serve os A4, A5 e Q7. Como resultado, o carro está maior e mais espaçoso, mas também mais magro, fruto da utilização de ligas de alumínio e de magnésio tanto na carroçaria como nos motores.

Com 4663mm de comprimento (+34mm), uma distância entre eixos de 2819mm (+12mm) e uma altura de 1659mm (+6mm), o novo Q5 permite um maior conforto tanto a passageiros dianteiros como traseiros. A mala também está maior, ainda que ligeiramente (apenas mais dez litros). Apenas a largura do veículo, de 1893mm, se mantém, uma vez que até a altura ao solo pode passar a ser regulada mediante uma suspensão hidráulica — um extra apenas disponível nas versões “quattro”, de tracção integral, e que se fará pagar.

A nova plataforma e os novos materiais utilizados também permitiram tornar o habitáculo mais silencioso e aerodinâmico. As versões de quatro cilindros apresentam um Cx de 0,30.

Esteticamente, o Q5 assume uma “postura desportiva e tensa em estrada”, assegura a marca de Ingolstadt. Para tal, foi adoptada uma grelha Singleframe que, esculpida com uma estrutura sólida, domina toda a dianteira. Na iluminação passam a estar disponíveis faróis em LED ou em tecnologia LED Matrix de alta resolução com luzes de viragem dinâmicas. Para sublinhar o carácter desportivo, a linha de cintura apresenta-se mais baixa e mais vincada. Na traseira, o design volta a apostar nas linhas horizontais de forma a transmitir uma imagem de “largura e presença”. Um difusor integra as ponteiras de escape.

O interior, além de espaçoso, foi pensado para ser distinto e, ao mesmo tempo, confortável. De referir que o volante multifunções de três raios é de série e, nas versões com caixa automática, incluem patilhas. E, claro, o novo Q5 não podia deixar de fora o bem-sucedido Audi Virtual Cockpit, estreado com o TT, que integra a vasta lista de opcionais. Entre estes está ainda o sistema de head-up display, que exibe informações várias no para-brisas.

Já os bancos podem ter características distintas, de acordo com as preferências dos clientes, mas podem incluir função de massagem pneumática.

Numa primeira fase, o Audi Q5 está disponível com uma motorização a gasolina e tracção integral quattro, o 2.0 TFSI de 252 cv, e com declinações do propulsor diesel 2.0 TDI: uma com 150cv e tracção dianteira e outra com 190cv e sistema quattro de tracção integral. Para Setembro, é aguardada a potente versão 3.0 TDI de seis cilindros.

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