Oh, não! O Burro volta a fazer asneiras. Acabou de bater contra uma bruxa — e, a avaliar pelas reacções das suas companheiras, o descuido vai sair-lhe caro —, e, como se isso não bastasse, não consegue evitar um embate no chão algo catastrófico, que deixa o malvado Rumpelstiltskin enfurecido. Menos mal: já chegámos ao reino bué, bué de longe e, ao que parece, aterrámos precisamente no pântano do Shrek. Está na altura de colocar os pés em terra firme e começar a desbravar caminho. O cheiro a terra molhada é intenso, mas do ogre mais famoso do mundo, nem um sinal. Quem recebe os visitantes é a Cinderela, que tem uma advertência para o grupo recém-chegado ao pântano. Rumpelstiltskin está furioso e só nos resta uma alternativa: correr daqui para fora.
Numa sala de espelhos
A fuga conduz o visitante ao encontro de Esmeralda, a cartomante que promete dar-nos uma ajuda através da sua bola de cristal. Surpresa! É o Shrek quem aparece dentro da bola a dizer aos visitantes para onde devem seguir, deixando o alerta: Rumpelstiltskin e as suas bruxas não desarmam e querem vingar-se.
A aventura em terras bué, bué de longe segue, depois, para uma taberna algo assustadora. É o Bar da Maçã Envenenada, lugar de eleição de vilões e assassinos. Quem está atrás do balcão é Doris, a meia-irmã da Cinderela, que já dispensa apresentações junto dos seguidores da saga Shrek — apareceu em três dos quatro filmes já produzidos. Apesar do seu aspecto feioso, a Doris está aqui para auxiliar os visitantes na sua fuga e para isso decidiu chamar... ele mesmo, o valente Gato das Botas (o verdadeiro e original, com voz de António Banderas).
A ordem que é dada aos visitantes é para seguirem para a Sala da Tortura (medo!), onde os espera uma missão muito especial: salvar o Pinóquio, que está suspenso na “roda da tortura”. Como? Teremos de responder correctamente às questões que serão feitas por Thelonius — conforme já deve ter percebido, estamos perante uma espécie de “roda da fortuna”, mas com um único prémio em jogo, que é poupar o pequeno rapaz de madeira. A missão é arriscada, especialmente para aqueles que têm de se sujeitar ao processo mental de traduzir de inglês para outra língua antes de procurar a resposta correcta. As perguntas são feitas a um ritmo alucinante e o tempo disponibilizado para carregar no botão adequado é muito curto — a opção pode sempre passar por não carregar em lado nenhum, evitando que o pinóquio sofra danos físicos. Felizmente, o grupo conseguiu passar no quizz — sem a nossa ajuda, diga-se — e acabou por ter direito a palmas, música e… a uma verdadeira “dança” das cadeiras (as surpresas nunca acabam por estas bandas).
Qual o próximo destino? Um labirinto mágico de espelhos — parece brincadeira de crianças, mas não é. Por mais que os visitantes tentem, não conseguem encontrar a saída, esbarrando, consecutivamente, em paredes de espelhos — suspeitamos que anda por aqui gente de carne e osso a abrir e a fechar portas. Finalmente, eis que aparece alguém a indicar o caminho para a casa do padeiro, o criador do Homem-de-Gengibre (Lacha) — cheira a bolo acabado de fazer neste compartimento! — que, ao que parece, vai ser um dos heróis desta nossa aventura no reinado bué, bué de longe. Será ele quem irá “cozinhar” a poção mágica que nos permitirá regressar a casa, sãos e salvos.