Fugas - Vinhos

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A segunda vida da Quinta do Fojo

Em 2013, Margarida, já com o apoio enológico de Rita Ferreira, voltou a fazer vinho. As expectativas são elevadas, mas ainda não está decidido se vai ser Fojo ou Vinha do Fojo. Se for Vinha do Fojo, será lançado em 2015. Se for Fojo, só sairá para o mercado em 2016. Até lá, a Fpartners irá colocar à venda algumas garrafas de todas as colheitas existentes.

Fojo ou Vinha do Fojo, o vinho será bom, de certeza. As vinhas velhas desta propriedade são uma jóia e uma bênção, porque fogem do mosaico de castas mais usado actualmente no Douro. A variedade que domina é a Roriz, logo seguida da Barroca e do Tinto Cão. A Touriga Franca e a Touriga Nacional são marginais. Os vinhos têm uma identidade muito própria, inimitável. São muito ricos em taninos e possuem uma frescura admirável, o que explica a sua enorme capacidade de envelhecimento.

Provados recentemente, mostraram ter ainda muitos anos pela frente. O extraordinário Fojo 1996, por exemplo, está ainda vivíssimo, surpreendendo pela sua elegância, complexidade, garra tânica e acidez. E mesmo o Vinha do Fojo do mesmo ano, apesar de menos polido e um pouco mais seco, está fantástico. Em 1998 e 1999 só foi feito Vinha do Fojo, mas o segundo (muito balsâmico e especiado, taninos ainda vivos, acidez magnífica), podia ter sido Fojo. A chancela principal da quinta só voltou a ser usada na colheita de 2000. Ligeiramente mais maduro e concentrado, é um Fojo monumental. Em 2001 foi engarrafado apenas Vinha do Fojo e desde então a Quinta do Fojo só voltou a fazer vinho no ano passado. Foram 12 anos de ausência, mas o nome Fojo nunca chegou a sair de cena, tal foi a notoriedade conquistada. Bastaram cinco colheitas para se tornar num ícone do Douro.

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