Fugas - Vinhos

Nelson Garrido

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O que fazer com as garrafas de vinho abertas?

O melhor método, embora muito mais caro, menos prático e mais difícil de encontrar no retalho, é a introdução de gás inerte, dispositivo que com frequência é conhecido pelo nome de private preserver. Na verdade, trata-se de uma espécie de lata que injecta um gás inerte na garrafa ou no decanter, gás que, sendo muito mais pesado que o ar, acaba depositado no fundo do recipiente. Ou seja, o gás fica em contacto com a superfície do vinho impedindo que o vinho e oxigénio se toquem, preservando a identidade e idoneidade do vinho. Na verdade, o sistema é relativamente parecido com os métodos usados em muitas adegas que preservam os seus vinhos em cuba desta forma. O sistema é funcional mas caro (não reutilizável), sendo por vezes difícil determinar qual a dose adequada de gás a injectar. E convém não esquecer que quanto mais gás gastar… maior o custo.

Para além destas soluções mecânicas que obrigam à compra de equipamentos externos, existem ainda alternativas simples, baratas e mais ou menos práticas. Tendo em conta que o grande inimigo é o oxigénio, então basta encontrar um processo alternativo que permita diminuir o contacto entre vinho e oxigénio. A solução mais fácil e mais barata resume-se a transferir o vinho não consumido para uma garrafa mais pequena, seja ela de 375ml, 500ml ou outro volume qualquer. Garrafas conhecidas como meias garrafas ou por vezes miniaturas. Com o recurso a este truque acaba por diminuir a proporção entre vinho e oxigénio numa forma económica e despretensiosa de aumentar a vida do vinho.

Ao contrário da crença popular, o que não deve fazer é guardar o vinho no frigorífico. Na verdade, o frio potencia e aumenta o perigo de oxidação, já que a temperaturas mais baixas o vinho consegue absorver maior quantidade de oxigénio. Esta metodologia permite conservar um vinho por períodos de três a quatro dias, dependendo sempre do estilo do vinho.

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