Fugas - Vinhos

  • Adriano Miranda
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A Taylor’s numa cave com três séculos como se fosse nova

E isto, para quem aprecia todo o processo do vinho do Porto, é mais uma vantagem. Porque as pipas perfeitamente alinhadas são bonitas de se ver, mas é mais curioso ver exactamente o que fazem aqueles homens empoleirados, que parecem estar a esvaziar uma pipa (estão mesmo, para que esta seja lavada antes de voltar a receber o vinho).

A visita está dividida em 11 estações, grande parte das quais com explicações detalhadas no áudio-guia. Nos outros casos, há pequenos vídeos que mostram mais alguns passos do processo. O primeiro ecrã está, precisamente, na cave onde repousam as pipas, no meio delas, e projecta constantemente imagens sobre a história do vinho do Porto. Depois, ao longo do percurso, há muitas outras explicações: sobre as diferentes regiões do Douro onde estão os vinhedos que fornecem as uvas para o vinho do Porto, sobre o solo, as castas, o processo de produção do vinho ou a arte dos tanoeiros. Sobre as famílias que estiveram na origem e desenvolvimento da Taylor’s e sobre o que a empresa é hoje. Sobre os diferentes tipos de vinho do Porto e como beber um vintage.

Tudo em doses controladas por quem tem o áudio-guia na mão. Se quiser ouvir tudo, ver os filmes, apreciar o céu espectacularmente estrelado captado na Quinta da Vargellas a 21 de Julho de 2015, por Cory e Tanja Schmitz, irá ter de esperar bem mais de uma hora antes de se poder sentar e apreciar a prova incluída no preço da visita (12 euros) – o Chip Dry, o primeiro vinho do Porto seco a ser produzido, e um Late Bottled Vintage (LBV). Se não for suficiente, há  uma lista de outros vinhos a copo (com preços a variar entre os cinco e os 120 euros) e uma selecção de acompanhamentos (enchidos, queijos, amêndoas ou bolachas de água e sal) que podem servir como uma bela desculpa para se deixar ficar um pouco mais na casa da Taylor’s, com a sua vista imperdível sobre o rio e o Porto.

Melhor ainda é completar a visita com uma refeição no restaurante Barão Fladgate. E para que os visitantes não tivessem a desculpa de o centro de visitas fechar demasiado cedo (18h) para ser seguido de um jantar, a empresa já adaptou os horários: agora o espaço está aberto todos os dias entre as 10h e as 19h30.

E para que não se esqueça mesmo da experiência que acabou de viver – sobretudo do gigantesco balseiro que consumiu 3,5 toneladas de madeira de carvalho para ser construído – tem, na cave, a possibilidade de deixar que lhe tirem uma fotografia. É mesmo junto ao balseiro. Introduza os dados pedidos e sorria, olhando para as luzes à sua frente. Da próxima vez que aceder ao seu e-mail (uma das informações solicitadas) vai ter a fotografia à sua espera. E se se sentir minúsculo e até um pouco desfocado, não se importe. O balseiro, com o símbolo da Taylor’s, está impecável e ele é que é a verdadeira estrela da imagem.

 

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