O novo Ford C-Max 1.6 TDCi 115cv Titanium First Edition que a Fugas conduziu traz a variante mais potente do bloco 1.6 TDCi, a gasóleo, que foi revisto para melhorar o desempenho. Vem bem equipado na versão de lançamento, Titanium First Edition, e custa 28.820 euros. Com efeito, a única opção a adicionar ao preço-base foi a pintura metalizada (415 euros). E até no caso da motorização, a de 115cv deverá ser a variante mais vendida, já que a equivalente com 95cv custa 27.570 euros. Isto é, por mais 1250 euros tem-se mais 20cv de potência, o que, num veículo com 1390 kg, não é de desprezar.
O C-Max mede 4380 mm de comprimento, 1828 mm de largura e 1626 mm de altura, mas o aproveitamento interior das dimensões exteriores não é o melhor. Se à frente há espaço, atrás sentam-se com comodidade apenas dois adultos - o lugar do meio é estreito e mais adequado a uma criança. Também a bagageira, com um formato regular, tem uma capacidade de 471 litros (1723 com os bancos traseiros rebatidos), o que não é uma referência para um monovolume do segmento C e torna-se até pequena se comparada, por exemplo, com o VW Touran.
O modelo que a Fugas conduziu surpreendeu pela positiva em termos de desempenho. É despachado nos arranques, recuperações e ultrapassagens, graças à função overboost que eleva momentaneamente o binário máximo de 270 para 285 Nm. Não é um desportivo, mas, apesar da sua altura, tem um bom comportamento em curva, devido a um sistema de vectorização, que distribui o binário do motor pelas rodas dianteiras de forma variável, consoante as condições de condução e a aderência dos pneus ao piso.
O motor 1.6 TDCi de 115cv vem acoplado a uma caixa manual de 6 velocidades elástica e precisa. A Ford anuncia um consumo médio de 4,6 l/100 km, mas estes valores estão longe de corresponderem à realidade, como na generalidade dos veículos, não só da Ford como de outras marcas. Num percurso de 300 quilómetros, a Fugas obteve uma média de 7,1 l/100 km. É certo que enfrentámos engarrafamentos que penalizaram os consumos, mas mesmo em condições mais amenas não seria possível baixar dos 5,5 l/100 km - e isto a fazer uma condução económica. Mesmo assim, valores razoáveis, atendendo ao peso e configuração do C-MAX.
Em cidade, o C-MAX é fácil de conduzir e, em particular, de estacionar, graças aos sensores de estacionamento à frente e atrás, bem como a um sistema de parqueamento automático na longitudinal. Em estrada, apesar de ter bom comportamento em curva, vem dotado de uma suspensão confortável, que amortece bem as irregularidades do piso. Em termos de condução, o problema maior é mesmo a profusão de botões na consola central, cuja utilização correcta não é fácil de intuir e que pode levar o condutor a desviar a atenção da estrada. O mesmo se pode dizer dos comandos no volante.
Submetido recentemente aos testes de segurança do Euro NCAP, o C-MAX obteve o máximo de 5 estrelas, com 92 por cento na protecção dos ocupantes, 83 por cento nas crianças, 50 por cento nos peões e 71 por cento nos dispositivos auxiliares de segurança. Acresce que, nomeadamente nos dispositivos auxiliares de segurança, o C-MAX Titanium First Edition vem mais bem equipado do que a versão ensaiada pelo Euro NCAP, pelo que, possivelmente, obteria um valor superior aos 71 por cento.
Na sequência da política praticada pela Ford, em modelos recentes, também a versão de lançamento do C-MAX vem dotada do nível superior, Titanium, com extras oferecidos aos clientes sem custos adicionais, na fase inicial de comercialização. Entre estes, destaque para os sensores de estacionamento traseiros, o sistema de estacionamento automático, os retrovisores rebatíveis electricamente, o sistema de chave inteligente ou as jantes em liga leve de 17 polegadas.
Basta consultar a ficha técnica para se concluir que, no geral, o C-MAX Titanium First Edition vem bem equipado de série e o preço apresentado corresponde à realidade. Isto é, não é necessário adquirir opcionais que encarecem o veículo, para se ter um carro minimamente funcional.Barómetro