Barómetro
+ Consumos, equipamento, garantia e intervalos de manutenção
- Escassa visibilidade pelo óculo traseiro, colocação do comando do computador de bordo, falta de sensores à frente, pneus
Solidariedade coreana
Os veículos sul-coreanos têm tido notáveis progressos na segurança, estética, conforto e qualidade de acabamentos. Porém, a indústria de pneus coreana está ainda longe desse nível. O Sportage que conduzimos trazia uns pneus Hankook Optima duros e longe da qualidade das marcas de referência em termos de travagem e aderência. O Sportage para o mercado europeu é fabricado em Zilina, na Eslováquia, tal como o cee´d (que traz pneus Michelin). Será um caso de solidariedade coreana? O Sportage merece pneus melhores. Pormenor positivo é o facto de o pneu sobresselente ter dimensões normais e vir montado numa jante igual (liga leve de 17 polegadas) às dos outros quatro.
Herança do todo-o-terreno I
Seguindo a tendência actual, a terceira geração do Sportage, ao contrário das anteriores, está mais vocacionada para o asfalto ou estradões de piso regular. Embora haja ainda uma versão 4x4 (mas sem redutoras) na motorização 2.0 CRDi de 136cv, a Kia aposta nas mais acessíveis variantes 4x2. No entanto e curiosamente ainda se mantêm alguns dispositivos de modelos mais afoitos, como este controlo de travagem em descida (DBC), que mantém uma velocidade constante de 8 km/h em declives íngremes.
Herança do todo-o-terreno II
Outra herança de veículos mais aptos para o todo-o-terreno é esta pega do lado esquerdo do passageiro da frente. É verdade que são de todo desaconselháveis as incursões por terrenos mais escabrosos com este Sportage, mormente com tracção 4x2, mas, dada a sua altura, em curvas mais apertadas e a maior velocidade, tem alguma tendência a adornar, pelo que a pega é muito útil e mais confortável de usar do que a mais comum, situada do lado direito sobre a porta.
Estética versus funcionalidade
As linhas elegantes e desportivas do Sportage são o espelho do cuidado que a Kia colocou na elaboração da estética. No entanto, a linha de cintura alta prolonga-se para trás, em detrimento das dimensões do óculo traseiro. Bonito mas pouco funcional. Com 2 ou 3 passageiros atrás, a visibilidade é nula pelo retrovisor interno. Isto, porém, é parcialmente compensado pela visibilidade proporcionada pelos retrovisores externos e, ao estacionar, pela existência de uma câmara de visão traseira com guias indicadoras incorporada no retrovisor interior, que complementa o sinal acústico.
FICHA TÉCNICA
Mecânica
Cilindrada: 1685cc
Potência: 115cv às 4000 rpm
Binário: 255 Nm entre as 1800-2500 rpm
Cilindros: 4 em linha
Válvulas: 4 por cilindro
Combustível: Gasóleo
Alimentação: Injecção directa por conduta comum, turbo de geometria variável e intercooler
Tracção: Dianteira
Caixa: Manual de 6 velocidades
Suspensão: Independente, tipo McPherson com molas helicoidais e amortecedores a gás, à frente; multibraços, com mola helicoidais e amortecedores a gás, atrás
Direcção: Pinhão e cremalheira, assistida
Diâmetro de viragem: 15,9m
Travões: Discos ventilados (280mm) à frente; discos (262mm) atrás