Fugas - motores

Nuno Ferreira Santos

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Peugeot 508 2.0 HDi Allure: O milagre de ser bom, bonito e barato

Barómetro

+ Preço, visual, suspensão, direcção, espaço, qualidade geral

- Manobrabilidade, alguns pormenores de ergonomia, visibilidade, caixa melhorável, falta de espaços para arrumos

Chatice

Nas versões mais equipadas, a profusão de comandos "canibaliza" o espaço para arrumos. Os locais para colocar pequenos objectos são poucos, tão poucos que o único sítio prático que sobra para colocar a chave (desnecessária para pôr o carro a trabalhar) é mesmo o cinzeiro... As bolsas nas portas são pequenas, o compartimento na consola central idem (e um bocadinho recuado demais para ser confortável). Houve aqui um deficiente trabalho de planificação.

Progresso

O sistema não é revolucionário (já existe na Renault e na BMW, por exemplo), mas estreia-se nos modelos da Peugeot. A "central de controlo" na consola - beneficiando do espaço disponibilizado pela opção por um travão de estacionamento eléctrico e com o comando do lado esquerdo do volante - é muito prática e intuitiva. Computador de bordo, navegação, rádio, telefone, tudo à distância de um toque. Memorizando a posição relativa de cada botão, e graças à existência de um comando redondo que serve para seleccionar opções no ecrã, é possível operar todo este conjunto sem tirar os olhos da estrada.

Excelente

A sensação de conforto a bordo do 508 é qualquer coisa de notável. As irregularidades do piso perdem relevo, não há balanços exagerados e, por causa da boa insonorização, há alturas em que até parece não estarmos em movimento. Conseguir tudo isto sem beliscar o tradicional bom desempenho dinâmico da marca é uma proeza assinalável. Um dos pontos fortes deste modelo.

De saudar

Se o cliente optar por jantes de 18 polegadas (em vez das de série, que são de 17), o pneu suplente será de emergência. Mas na configuração normal temos a boa notícia de encontrar, no fundo da bagageira, um pneu a sério, igual aos outros. Uma roda destas dimensões ocupa muito espaço, mas as generosas dimensões da bagageira (que está equipada com argolas, ganchos e cintas para pequenos volumes) possibilitam esta "loucura". Que é cada vez mais rara (até por razões economicistas) nos tempos actuais e, por isso, se saúda.

FICHA TÉCNICA

Mecânica

Cilindrada: 1997cc
Potência: 140cv às 4000 rpm
Binário: 320 Nm às 2000 rpm
Cilindros: quatro
Válvulas: 16
Alimentação: turbodiesel de injecção directa por conduta comum
Tracção: dianteira
Caixa: manual, de seis velocidades
Suspensão: Pseudo McPherson, à frente; multibraços, atrás
Direcção: Pinhões e cremalheira, com assistência variável
Travões: discos ventilados à frente, discos atrás

Dimensões

Comprimento: 479,2 cm
Largura: 185,3 cm
Altura: 145,6
Peso: 1430 kg
Pneus: 215/55 R17
Capac. depósito: 72 litros
Capac. mala: 515 litros

Prestações

Veloc. máxima: 210 km/h
Aceleração 0 a 100 km/h: 9,8s
Consumo misto: 4,8 litros/100 km
Emissões CO2: 125 g/km

Preço: 35.050 euros (gama começa nos 27.750 euros)

EQUIPAMENTO

Segurança

ABS: Sim
Airbags dianteiros: Sim
Airbags laterais: Sim (à frente)
Airbags cortina: Sim (à frente e atrás)
Airbag joelho para o condutor: Não
Controlo de tracção: Sim
Controlo de estabilidade (ESP): Sim
Ajuda ao arranque em subidas: Sim
Sistema "lane assist": Não

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