Em termos de segurança, o novo Mazda5 afi gura-se bem equipado. Além disso, de acordo com o construtor japonês, na nova geração, os bancos da frente oferecem melhor protecção aos joelhos e pescoço, há novas barras de impacto lateral e a carroçaria é mais rígida. A protecção aos peões também foi aumentada. No entanto, não é possível saber em que é que tudo isto se traduz em termos de classificação do Euro NCAP, a entidade europeia que avalia os veículos no capítulo da segurança, por o Mazda5 ainda não ter sido submetido aos testes daquele organismo. Quanto ao conforto e vida a bordo, há uma boa relação entre o preço e o equipamento oferecido.
Barómetro
+ Versatilidade interior, acessibilidade, motorização adequada ao mercado português.
- Predominância de plásticos duros no habitáculo, posição de condução para pessoas altas, resposta do motor a baixa rotação
O trunfo da Mazda
O Mazda5 só terá o renovado motor a gasóleo MZ-CD 1.6 (de origem PSA Peugeot Citroën), agora com 115cv e mais adequado ao mercado português. Nem sequer vai comercializar motorizações a gasolina. Este motor revelase suficiente para deslocar este monovolume e é relativamente frugal nos consumos (em percurso misto que incluía condução em cidade, estradas de montanha e alguns engarrafamentos, por vezes com 5 ocupantes, fizemos uma média de 7,6 l/100 km). O único senão é ser um pouco "preguiçoso" abaixo das 1700 rotações, só mostrando a sua força acima desse patamar.
Às vezes até dá jeito
Em deslocações curtas, o Mazda5 pode transportar com relativo conforto 7 pessoas. Os bancos são fáceis de montar e rebater (aliás todos eles) e, nas suas diversas configurações, este monovolume pode transportar desde dois ocupantes e 1485 litros de bagagem até 7 pessoas e 112 litros. Os dois bancos da 3.ª fila são confortáveis e, graças às portas deslizantes, o acesso é fácil. A 2.ª fila de bancos tem ajuste longitudinal, pelo que é possível encontrar uma posição onde todos os ocupantes tenham um espaço de pernas razoável e se sentem bem.
Para condutores com menos de 1,80m
Com tantas soluções de aproveitamento do espaço interior, modularidade, acessibilidade, etc., há um pormenor em que este monovolume é batido até por carros de menores dimensões e com muito menos espaço interior. Talvez por ser um veículo de um fabricante nipónico e os japoneses não serem em média muito altos, não foram levados em linha de conta os condutores de pernas compridas e com mais de 1,80m. A visibilidade é boa, a posição de condução alta, mas seja qual for a regulação do banco e do volante (ajustáveis em altura e profundidade), os joelhos batem sempre na coluna de direcção.
Costas duras mas espaço para as pernas
É um dos veículos mais versáteis e funcionais do seu segmento. As portas traseiras laterais deslizantes e a baixa altura do piso facilitam o acesso a pessoas idosas com dificuldades de locomoção. Também a colocação das cadeirinhas de crianças dá muito menos trabalho. Na segunda fila, a inexistência de túnel de transmissão ao centro torna mais fácil a colocação das pernas do ocupante do meio. No entanto, as costas desse lugar são duras e desconfortáveis em viagens longas é preferível colocar aí, se houver, a cadeirinha de criança. De referir que, na configuração de 4 lugares, esse banco se transforma num espaço com porta-copos e um compartimento para objectos.