Origens à parte, a boa notícia é que este três litros, com 275cv de potência e 600 Nm de binário, é digno de um Jaguar. Possante, suave e rápido, não hesita em pôr em sentido desportivos bem mais leves... Ainda por cima, é servido por uma competente e despachada caixa automática de seis velocidades com possibilidade de accionamento sequencial através de patilhas no volante.
Mesmo com uma carroçaria de grandes dimensões, o XJ comportase sempre a altura, seja qual for a velocidade imprimida ou as curvas da estrada, e sem beliscar o conforto. Já a direcção melhoraria se fosse mais "informativa", mas isso também não chega a ser problemático.
E, se tudo o que atrás ficou dito já é muito, o XJ ainda tem mais um belo argumento, provavelmente pouco relevante para quem compra um carro destes, mas significativo nestes tempos de austeridade. Em ritmo de passeio, o XJ é capaz de consumos na casa dos seis (!) litros e, mesmo numa utilização normal, podem esperar-se resultados a rondar nove litros, o que continua a ser assinalável num carro com esta potência e que atinge (mesmo) uma velocidade máxima de 250 km/h, limitada electronicamente.
Os 109.389 euros que este Jaguar custa são muito dinheiro. Mas, depois de o conduzir, qualquer um é capaz de ficar a pensar que, daqui a alguns anos, quando um destes XJ valer muito menos como usado, continuará a ser uma bela compra...