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Fiat Punto renovado: Motor 0.9 a gasolina e diesel mais frugal

Por João Palma

O Punto regressa às origens. Depois de ser Grande Punto e Punto Evo, renova-se e volta a chamar-se apenas Punto. Para além de alterações estéticas, ressaltamos a adopção do motor bicilíndrico estreado no Fiat 500.

O veículo do segmento B que é um dos pilares da Fiat desde 1993 teve agora uma renovação que engloba o Grande Punto de 2005 e o Punto Evo de 2012. A versão de 2012 volta a chamar-se apenas Fiat Punto. Para além de novas cores e alterações no exterior e interior, destaca-se a adopção do motor a gasolina, 0.9, bicilíndrico, estreado no Fiat 500 e a evolução do 1.3 Multijet a gasóleo, agora só na variante de 85cv. Os preços iniciam-se nos 12.000€ do Punto Easy 1.2, a gasolina, de 69cv, com 3 portas.

Esta motorização mais vendida, 1.2, não teve alterações. O mesmo sucedeu com a variante Bi-Fuel gasolina/GPL, que mantém o propulsor 1.4 de 77cv. Nesta, a principal alteração foi mesmo o preço, que subiu 2000€ em relação aos 14.000€ que custava o Punto Evo Bi-Fuel sem qualquer acréscimo em termos de equipamento ou performance. Exceptuando a versão a GPL, para todos os outros Punto foi adoptada a política Preço Transparente da Fiat. Por esta razão, apesar de o Punto ter três níveis de equipamento: Pop, Easy e Lounge, a Fiat aposta em força no nível Easy, comprimindo os preços para o tornar mais atractivo do que o Pop, uma versão despida de equipamento e pouco apelativa no mercado português.

O renovado Punto já está à venda com os motores 1.2 a gasolina, 1.4 Bi-Fuel e 1.3 a gasóleo. O propulsor bicilíndrico TwinAir de 875cc, estreado no Fiat 500 e adoptado pelo novo Panda, só estará disponível em Abril. Este motor foi nomeado International Engine of the Year 2011 num concurso organizado pela UKIP Media & Events Automotive Magazines, por um painel de 76 jornalistas da especialidade de 36 países, incluindo Portugal.

Apesar das suas reduzidas dimensões, o binário é de 145 Nm às 2000 rotações e a potência 85cv. Acoplado a uma caixa manual de 6 velocidades, tem um comportamento vivo e resposta rápida. Premindo-se o botão ECO no tablier, o binário baixa para 110 Nm a 2500 rpm, para assegurar, segundo o construtor, médias de consumos e emissões de 4,2 l/100 km e 98 g/km de CO2. Porém, face ao comportamento deste motor no 500 e no Panda e a uma breve experiência de condução, se ele faz jus ao conceito fun to drive (divertido de conduzir) apregoado pela marca, já os consumos verificados são bastante superiores aos anunciados.

Mais económico é o 1.3 Multijet 2 de 85cv, a gasóleo, que passa a ser a única variante deste bloco comercializada em Portugal (noutros mercados, há versões de 75cv e 95cv). A evolução de que foi alvo permite no Punto, segundo a Fiat, médias de 3,5 l/100 km e 90 g/km de CO2. E se bem que no dia-a-dia os consumos sejam superiores (entre o anunciado pelas marcas e a realidade há sempre uma diferença), continua a ser muito poupado. Todos os motores, incluindo os que não sofreram alterações, têm associado um sistema de Start & Stop e indicador de mudança de velocidade.

Em termos estéticos, o design do renovado Punto tem traços comuns com o Panda 2012, com novos pára-choques, dianteiro e traseiro, grelha preta em "favo de mel" e novas jantes de liga leve (a partir do nível Easy). No interior, registam-se novos materiais e novas cores no tablier e nos forros.

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