Decepcionante foi verificar que, ao fim de cerca de duas dezenas de curvas fechadas cumpridas a bom ritmo, o GS 450h começou a evidenciar fadiga de travões com ruído e vibração nas travagens mais longas antecedidas de velocidade elevada. No entanto, António Costa, responsável de comunicação da Lexus, garantiu à Fugas que tal se deveu ao facto de a unidade em causa ter sido utilizada em autódromo, o que contribuiu para desgastar prematuramente as "pastilhas" dos travões.
Ou seja, nem este episódio chegou para prejudicar a opinião favorável de que este carro é credor. Haja dinheiro para o comprar e quem o fizer não ficará defraudado.
Banco traseiro Terceiro lá para fora
Quando se olha para um carro destas dimensões, imagina-se um interior espaçoso. O que até nem deixa de ser verdade. O problema é que o passageiro do meio do banco traseiro sai claramente prejudicado. É quase um castigo. O enorme túnel central, aos pés, obriga a alargar demasiado as pernas, o assento e as costas, mais duros, são desconfortáveis e, como se não bastasse tudo isto, os mais altos batem com a cabeça no tecto. Seria preferível este GS se assumir como um quatro lugares e não cinco. Em compensação, os bancos dianteiros, em pele, podem ser aquecidos ou refrescados, e dispõem de memórias das regulações.
Câmara Futuro imparável
Não é inédito, mas a Lexus propõe uma câmara de visão nocturna que projecta imagens naquele que a marca diz ser o maior ecrã da indústria automóvel. Claro que não é de borla. É preciso pagar 8 mil euros por ela e muitos já devem estar a pensar que este valor dá quase para comprar um citadino novo. Outros perguntarão se este dispositivo não contribui para distrair o condutor. Não partilhamos deste receio. A câmara transmite imagens a preto e branco e é claramente útil, nomeadamente nas estradas sem iluminação e desconhecidas. Aqui, a sua utilidade é mais do que comprovada ao mostrar o caminho muito para além do alcance dos faróis médios.
Volante Jogo do esconde
Quem está familiarizado com vários automóveis começa a procurar determinados botões e funções. Neste caso, alguns demoraram a surgir. Feita a busca, algo demorada, mas ainda assim sem recurso ao livro de instruções, percebeu-se então que se escondem atrás do volante, fora do campo de visão habitual. São os casos do comando do "Head Up Display", que projecta informações no pára-brisas, este do lado esquerdo. Já à direita, está o botão de "Hold" que permite manter o veículo imóvel num desnível, o da câmara de visão nocturna e o do travão de estacionamento eléctrico. Saliente-se ainda que o GS trata bem os seus ocupantes com um ar condicionado que desodoriza o ambiente e hidrata os ocupantes.
Bagageira Limitações justificadas
Devido à colocação das baterias do motor eléctrico atrás dos bancos posteriores, a bagageira deste GS não é tão grande como poderia ser. No entanto, ela é, ainda assim, grande, com 482 litros (330 no anterior GS!). Mais problemático será transportar objectos compridos, uma vez que as costas dos bancos não rebatem. Já num carro desta categoria e preço não se compreende como é que o tecto da bagageira não é forrado e não seria nenhum exagero a Lexus ter colocado um sistema de abertura/fecho eléctrico da mala. O GS dispõe ainda de "kit" anti-furo, um sistema que já deu várias provas da sua ineficácia.