No entanto, ainda há quem prefira o funcionamento de um motor a gasolina. Para estes, o Lexus GS 450h poderá constituir uma opção a considerar seriamente. Tem uma potência combinada digna de um Porsche - 343cv -, a sua mecânica é nobre, uma vez que tem por base um V6, a gasolina, de 3,5 litros apoiado por motor eléctrico, e a cereja em cima do bolo está nos consumos, não sendo difícil atingir valores médios na casa dos sete litros, o que é notável para um carro com estas características. Mesmo com um peso a rondar 1,8 toneladas, atinge 250 km/h de velocidade máxima e acelera de 0 a 100 km/h em 6,1s.
A Lexus beneficia do facto de a sua casa mãe, a Toyota, ter sido pioneira no desenvolvimento de veículos híbridos, com o Prius. Este avanço em relação à concorrência permite anunciar um consumo médio de 5,9 litros para o GS 450h mais simples, que passa a 6,2 nesta versão Sport. Algo que nem a BMW, hoje conhecida também pelas suas proezas no campo da redução dos consumos, consegue atingir. O BMW Active Hybrid 5 debita praticamente a mesma potência, 340cv, mas o seu consumo médio anunciado sobe para os 7,0 litros.
Entar dentro deste Lexus GS, que já vai na quarta geração, é aceder a um universo automóvel acessível a poucos. Há qualidade, solidez e requinte em tudo o que se vê e sente. Então para quem gosta de interiores em tons de preto, é o carro ideal. No entanto, tal não quer dizer que a concorrência não possa estar ainda algo acima, nomeadamente os rivais da Audi, BMW, Jaguar ou Mercedes.
Melhor ainda é conduzir o Lexus GS 450h que, mesmo nesta versão F Sport com suspensão específica, mais desportiva, mantém-se confortável, independentemente dos ritmos de condução e do estado do asfalto. Não sendo um desportivo, é uma máquina que dá prazer de conduzir, desde logo pela generosidade da sua mecânica, sempre com resposta rápida em qualquer ocasião. Mesmo no modo de regulação Eco, há sempre muito motor. Dispõe ainda das opções Normal, Sport e Sport +. Quatro modos de funcionamento que regulam a resposta do conjunto motriz, direcção e amortecedores. Fora deste comando rotativo, há ainda dois botões: 100% eléctrico e Neve. Elogie-se ainda a pronta resposta da caixa automática com um funcionamento semelhante a uma unidade de variação contínua, apesar de o efeito das "passagens" de caixa soar a falso.
À partida, um GS 450h está mais talhado para longas tiradas, eventualmente em auto-estrada. Mas este F-Sport como que envia impulsos para o cérebro de quem o conduz a pedir para espicaçá-lo numa estrada sinuosa. Onde o prazer de condução está garantido. Apesar da sua massa e volume, é um carro ágil e há sempre reserva de potência para aumentar ainda mais o ritmo. Curvar deleita, com a traseira a escorregar ligeiramente, mas sem colocar o condutor em apuros. Não se percebe exactamente se estas pequenas escorregadelas são provocadas pelo facto de o GS ser um tracção traseira ou se por dispor de quatro rodas direccionais. Seja como for, sabe bem.