A caixa com uma única relação (como a de todos os veículos eléctricos) tem uma posição, B, que permite regular automaticamente a força de regeneração de energia de travagem, algo que também pode ser feito manualmente por meio de patilhas no volante. Há também um modo Eco, com influência no funcionamento da climatização, que permite reduzir consumos e aumentar a autonomia em modo eléctrico. O Outlander PHEV nunca funciona à potência máxima – o seu sistema operativo procura automaticamente a melhor combinação dos seus propulsores de acordo com as condições de condução. Tanto a potência total combinada como o binário são valores estimados, pois a Mitsubishi não fornece dados oficiais.
Mesmo no nível de entrada, Intense +, o Outlander PHEV está bem equipado, em especial em termos de segurança, tendo obtido o máximo de 5 estrelas em testes recentes do Euro NCAP efectuados a esta variante específica, com 88% na protecção dos ocupantes, 84% na das crianças, 64% nos peões (um bom valor para um SUV) e 81% nos dispositivos auxiliares de segurança. Recebeu ainda um prémio especial do Euro NCAP pelo seu Sistema de Mitigação de Colisão Frontal, que impede colisões de frente até 30 km/h. O mesmo se aplica ao conforto e à vida a bordo, em especial no nível de topo, Instyle Navi+, como se pode ver na Ficha Técnica.
Muito positivo é todo este equipamento ser de série – aliás, a única opção no veículo que conduzimos era a pintura metalizada. Outro ponto muito importante a favor é o facto de, apesar do seu peso e tamanho – superior a SUV existentes mais leves e menores, que são classe 2 –, todas as versões do Outlander serem classe 1 nas portagens, graças à altura do capot ao solo, tirando proveito da absurda legislação portuguesa. Mas disso a Mitsubishi não tem qualquer culpa… ?
*com Carla B. Ribeiro
Espaçoso e funcional
Comparado com o Outlander tradicional, o PHEV tem menos 14 litros de mala, menos volume de carga sob o fundo da bagageira e um piso do habitáculo mais alto – tudo devido à colocação das baterias sob o fundo do veículo. A localização do motor eléctrico traseiro só permite a configuração de cinco lugares, mas a distância ao solo mantém-se. Ainda assim, a variante híbrida mantém habitáculo e mala espaçosos. A colocação das baterias sob o piso ao centro do carro origina um centro de gravidade mais baixo do que no Outlander convencional, uma melhor distribuição do peso frente/traseira com benefícios na dinâmica e estabilidade.
À la carte
Este veículo dispõe de duas tampas nas laterais traseiras. A da esquerda é a do depósito de combustível de 45 litros. A da direita cobre duas tomadas: uma para carregamento através da rede eléctrica doméstica e outra para ser utilizada em postos públicos, incluindo os de carga rápida. Esta versatilidade torna o Outlander PHEV um veículo muito prático, tornando muito fácil escolher não só o modo como se carregam as baterias como também o tipo de alimentação do veículo quando este se desloca: se 100% eléctrico, misto ou em paralelo com o motor de combustão a desempenhar o papel principal, auxiliado pelos motores eléctricos quando é necessária potência extra.
