É um fundo anual de 10 mil euros, criado para “financiar projectos e viagens com um impacto positivo ou que contribuam para um melhor conhecimento do nosso planeta e dos povos que nele habitam”, descreve a agência portuguesa de grandes viagens em comunicado. O objectivo é simples: “apoiar a curiosidade e a inquietude”.
A Bolsa de Exploração Nomad foi lançada oficialmente no dia 12 de Janeiro e as candidaturas manter-se-ão abertas ao longo de 2016 ou até “a totalidade da bolsa ser integralmente distribuída”.
Os interessados têm de ter nacionalidade portuguesa, ter mais de 18 anos e preencher o formulário de candidatura, onde terão de escolher a categoria em que o projecto melhor se enquadra (turismo responsável, exploração global, narrativa de viagem, conservação ambiental ou auxílio humano), definir o montante que necessitam (“qualquer valor até um máximo de 10 mil euros”), gravar um vídeo a explicar o projecto, indicar o objectivo e a mensagem do mesmo, entre outras informações. As candidaturas, indica ainda a empresa, devem ser submetidas “com uma antecedência mínima de seis meses da data de início do projecto”.
A candidatura é depois avaliada por um painel “composto por elementos da equipa da agência e profissionais com competências na área”. Se for elegível, segue-se o contacto de um representante da Bolsa de Exploração Nomad “para aferir a viabilidade do projecto” e, no final, uma entrevista presencial.
De acordo com a agência, são valorizados os “projectos bem organizados, com uma mensagem clara, objectivos bem definidos e um orçamento coerente”, “com potencial para criar um impacto positivo”, assim como “ideias únicas e candidaturas que demonstrem paixão, iniciativa e criatividade”.
Esta bolsa já existia “como 'privilégio' da equipa de colaboradores [e] até 2015 apenas foram financiados projectos em que, de uma forma ou de outra, elementos da Nomad estavam envolvidos”, indica Tiago Costa, coordenador da Bolsa de Exploração. “Agora qualquer pessoa se pode candidatar e os membros da Nomad terão também de passar pelo mesmo processo”, refere em declarações à Fugas, avançando ainda que, com a criação oficial deste fundo, o orçamento foi aumentado para 10 mil euros, “um montante que nunca antes esteve disponível”.
“Acreditamos no poder da viagem e na sua capacidade de nos transformar [e] que deve partir de cada um de nós a iniciativa de criar um planeta melhor para todos. A Nomad assume a sua responsabilidade como empresa e coloca os seus recursos para ajudar a transformar positivamente a comunidade de viajantes portuguesa”, acrescenta Tiago Costa.