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    A cozinha do palácio PSML/Wilson Pereira
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    O palácio tem nova iluminação PSML/Wilson Pereira

Vamos ao Palácio de Sintra ver as obras na cozinha

Por Fugas

Por um lado, a cozinha do Palácio Nacional de Sintra não pode ser visitada na íntegra como habitualmente. Por outro, está a ser recuperada e, ao contrário da maioria das obras, estas têm percurso para serem apreciadas.

Aberto para obras” é o nome do projecto da Parques de Sintra que inclui esta sugestão de visita ao processo de restauro da cozinha do palácio, um dos espaços mais emblemáticos do edifício, uma vez que é nele que se encontram as duas chaminés cónicas que marcam o perfil da vila de Sintra.

No caso, as obras têm o seu “enfoque no revestimento de azulejos” e têm como principal objectivo “minimizar as anomalias específicas” da azulejaria que cobre paredes, vãos, fogões e fornos, rebocos e outros elementos, representando um investimento de cerca de 35 mil euros. Segundo a entidade responsável, “irá manter-se, o mais possível, a essência histórica, limitando-se a substituição de elementos a casos pontuais de degradação extrema, evitando assim a perda de elementos originais”.

Apesar de “divididos em duas fases para reduzir ao máximo o impacto no percurso dos visitantes”, os trabalhos não param durante as visitas, permitindo aos turistas uma visão, até rara, de como são concretizadas estas obras de salvaguarda e restauro. A obra deverá estar terminada “durante o primeiro semestre de 2016”.

De acordo com a Parques de Sintra, a cozinha, que se ergue do lado nascente do edifício, foi edificada no âmbito das grandes transformações e alargamentos do palácio que datam do período de reinado de D. João I (1385-1433), realizadas no primeiro quartel do século XV e atribuídas ao mestre de pedraria João Garcia de Toledo. É célebre pelas suas duas chaminés monumentais, de 33 metros de altura, e foi dimensionada para grandes banquetes de caça, incluindo no seu interior diversas fornalhas, dois grandes fornos, uma estufa e um trem de cozinha em cobre estanhado.

O revestimento das paredes em azulejo branco, que cobre praticamente todas as superfícies da cozinha até aproximadamente 4,30 metros de altura, será contemporâneo da composição com as armas reais de Portugal e de Saboia, aqui colocada nos finais do séc. XIX e pertencente à rainha Dona Maria Pia, a última soberana a habitar o palácio.

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