Fugas - dicas dos leitores

Parque Terra Nostra, obrigatório visitar

Por Alda Carvalho - Lisboa

A visita aos Açores, em Novembro de 2009, permitiu-me apreciar melhor alguns aspectos da ilha de São Miguel, como o Parque Terra Nostra, nas Furnas. Parece impossível tanta beleza! Alguém disse que é um dos parques/jardins que é obrigatório visitar antes de morrer e dou-lhe toda a razão.

As árvores são majestosas, seculares, magníficas. Nem sequer existem adjectivos para as classificar. A alameda das ginkgo bilobas é um espectáculo... E que dizer das araucárias, das sequóias, dos carvalhos, dos plátanos, das criptomérias e de tantas outras espécies de que nem sei o nome? E do grande lago de água quente e ferruginosa onde tomei dois banhos ao lusco-fusco sob a protecção das árvores seculares que o rodeiam? E dos regatos e das cascatas e dos pequenos lagos e dos recantos debruçados sobre a água? E das reflexões das árvores e do céu na água? Ou será da água no céu? E do canto dos pássaros a compor todo este cenário e a levar a harmonia aos limites da imaginação?

Quando já pensava conhecer todo o parque surpreendia-me com mais um recanto: uma fonte, uma floresta de bambus, um jardim de camélias com inúmeras espécies, aliás todas catalogadas, ou um parque de cicas. Não sabia que havia tanta variedade de cicas!

Uma tarde joguei às escondidas com uma garça branca. Encontrei-a a olhar-se no lago, soberbamente bela e alva, rodeada de verde e das cores brilhantes das flores. Pé ante pé, tirei uma foto, mas ela levantou voo para poisar mais à frente sobre um ramo que atravessava o lago como uma ponte. Ao aproximar-me novamente, ela de novo se elevou. Tirei mais fotos, umas focadas outras desfocadas, mas sempre com  aquela mancha branca que saltava de recanto em recanto até que, cansada da minha persistência, resolveu voar mais longe do que a minha vista e os meus passos podiam alcançar. Mas foram para mim momentos mágicos.

A natureza aqui foi pródiga. Cenário paradisíaco para onde quer que se vá ou olhe. Somos constantemente esmagados por esta beleza, por esta harmonia, por esta variedade. Qualquer árvore, qualquer arbusto, explode emflores e cores.

Aqui é mais fácil praticar o "agora". Ou talvez não. Porque há sempre mais beleza a chamar-nos a atenção.

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