Fugas - dicas dos leitores

As Torres del Paine

Por Carolina Martins

Fica nos confins do Mundo, na Patagónia Chilena. Há quem o visite para fazer trekking, rafting, pesca ou simplesmente acampar. Há circuitos de caminhadas para quatro, dez ou até mais dias.

O Parque Nacional Torres Del Paine é vastíssimo, com os seus mais de 180 mil hectares de extensão. Por isso julgo que foi sensato visitá-lo de carro alugado, dadas as limitações de tempo.

Há mais de cinquenta anos declarado pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera, é um parque dominado pelo cinzento das suas montanhas graníticas, as Torres. Contudo, depois de passarmos a tabuleta que assinala a entrada do parque, deparamo-nos com lagoas em tons de azul-turquesa, com quedas de água de espuma branca e com o glaciar Grey vestido de azul-celeste. Cruzamo-nos com guanacos pastando nos tons ocres do capim. A vegetação, eminentemente rasteira, protege-se do frio. De quando em vez descobrem-se orquídeas lilases. É final da Primavera na Patagónia.

Existem vários Refúgios espalhados pelo parque que dão acolhimento aos viajantes que fazem reservas antecipadas. Mas também existem tendas para alugar aos menos precavidos ou afortunados como eu. O frio da noite corrói. Bebe-se Pisco, a bebida nacional do Chile, para aquecer. Ainda antes do sol acordar, ouvem-se passos lá fora da tenda. Todos querem captar as pinceladas laranja que os primeiros raios de sol lançam sobre as Torres. É tempo de desmontar a tenda e de regressar a Puerto Natales, a cidade mais próxima.

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