Feira centenária, de profundas raízes históricas e culturais, dedicada ao mundo equestre e com vasta participação europeia (principalmente espanhola e inglesa), este evento dinamiza toda uma tradição ribatejana e portuguesa.
Se sair de Lisboa ou do Sul em direcção à Golegã, desloque-se pela outra margem do rio Tejo, pela lezíria, e conheça esta região de uma forma bastante interessante. A paisagem, com as cidades já ao longe, altera-se com o predomínio do mundo rural.
O percurso pelas vilas dos touros e dos cavalos é cativante, com as paragens (obrigatórias) pelas várias adegas e casas senhoriais. Revisita-se, certamente, o cenário de muitos romances neo-realistas (Alves Redol, Carlos de Oliveira, entre outros) e a terra de José Saramago. Se, antes da Golegã, sentir fome, reconforte-se em Almeirim com a substancial sopa da pedra.
Depois, a Golegã. Aqui, a paisagem humana, os trajes típicos, os sons de cavalos e cavaleiros e os cheiros da castanha assada transportam-nos para um outro Portugal. Profundo (dirão os citadinos, é verdade). Orgulhoso, resistente tradicional... evocativo de uma época e forma de estar. Bom passeio.
(em 2012, a feira realiza-se de 2 a 11 de Novembro)
