1.
Fortes
Um passeio pelos fortes mais icónicos, belos e repletos de História da cidade. De Monte Serrat ao Farol da Barra, vale a pena conhecer um pouco mais dos fortes que ajudaram a defender o país. A visita começa pelo Forte de Monte Serrat (palco de acirrados combates com os holandeses e também foco de resistência durante a Sabinada); seguido pelo Forte de São Marcelo (único forte marítimo circular do Brasil e inspirado na Torre do Bugio, em Portugal); em seguida os fortes de São Diogo e de Santa Maria (ambos localizados nos dois extremos da belíssima praia do Porto da Barra); e finalmente o Farol da Barra (sede do Museu Náutico da Bahia, foi o primeiro farol do Brasil e o mais antigo do continente, alimentado inicialmente a óleo de baleia).
2.
Festa de Iemanjá
As homenagens a Mãe d’Água começam de madrugada, com devotos do candomblé, da umbanda e do catolicismo colocando suas oferendas e bilhetes com pedidos em balaios que são levados, por cerca de trezentas embarcações – com o saveiro contendo a oferta dos pescadores sempre a frente do cortejo –, para alto mar. Diversas barracas de bebidas e comidas se espalham pelas calçadas do “Red River”, como é carinhosamente chamado o bairro do Rio Vermelho. Várias casas realizam festas particulares com atracções musicais e DJ, dando um tom moderno a essa festa tão tradicional, e tingindo de branco as ruas do bairro.
3.
Museu de Arte Moderna
Ao pé de uma ladeira íngreme de pedras irregulares, circundado por árvores frutíferas imponentes, banhado pelas ondas do mar e premiado pelo mais belo pôr do sol da cidade. É neste verdadeiro cartão postal, denominado Solar do Unhão, que se encontra o Museu de Arte Moderna (MAM), considerado o principal espaço de arte contemporânea da Bahia e um dos mais importantes do país. Aos finais de tarde de sábado o Solar oferece a JAM no MAM, projecto musical que se tornou um verdadeiro ponto de encontro da cultura alternativa, num espaço democrático para ouvir um bom jazz com “sotaque baiano”. Vale a pena chegar um pouco mais cedo a fim de apreciar o magnífico pôr do sol que somente a baía de Todos os Santos tem a oferecer.
4.
Turismo náutico
A larga e profunda baía de Todos os Santos encantou navegadores, piratas e colonizadores, bem como despertou o interesse do governo português. Por ser a segunda do mundo em tamanho, e a maior baía navegável do litoral brasileiro — comparada ao mar Mediterrâneo por praticantes de desportos marítimos —, possui um gigantesco potencial como destino náutico. As melhores opções são a ilha dos Frades (paraíso ecoturístico com seus trilhos, banhos de mar e mergulho); a ilha de Itaparica (com sua aura saudosista, ruas arborizadas e calçadas de paralelepípedos); a ilha de Maré (famosa pelo artesanato em renda de bilro e seu doce de banana na palha, é um local ainda primitivo de belas praias e vilas à beira-mar); Salinas da Margarida (a mariscada é o grande atractivo da culinária local, mariscos e camarões são abundantes na região); e a Estação Ecológica da ilha do Medo (ilha povoada somente por gatos e envolta por muito mistério, a começar pelo próprio nome e suas inúmeras explicações, desde assombrações por espíritos até medo que os brancos tinham dos rituais de candomblé).
5.
Praia do Buracão
Este pequeno trecho de areia fica praticamente escondido entre as ruas e casas do bairro do rio Vermelho. Alguns coqueiros e uma plantação de cactos compõem o cenário da região. Pouco visitada e virtualmente desconhecida por muitos filhos da terra. Como em todas as praias da cidade, não conta com apoio de praia, mas é possível alugar cadeiras e comprar bebidas aos comerciantes locais. O mar tem uma corrente forte, portanto é necessário redobrar a atenção durante o banho.