Fugas - dicas dos leitores

Penacova e a sua Casa Amarela

Por Maria Clara Costa

Aquela casa imponente, a Casa Amarela, no cimo duma colina a acenar as boas-vindas aos visitantes de Penacova.

Reli o livro 'A Casa Amarela', apoiado e patrocinado, entre outras entidades, pelo Município e Junta de Freguesia de Penacova, que me fascinou. Em primeiro lugar, por me ter transportado a tempos remotos, ora através do mundo real, ora através do imaginário.

Em segundo lugar, porque accionou a minha memória fotográfica e voltei a ver aquela casa imponente, a Casa Amarela, no cimo duma colina a acenar as boas-vindas aos visitantes de Penacova.

A Primavera tinha chegado havia pouco tempo e a vila já estava envolvida por um manto amarelo, um amarelo luminoso a espreitar por entre o fresco verde que nos acompanha quase desde Coimbra até à vila. São as acácias em flor que, tal como a Casa Amarela, nos recebem de “braços abertos”, nos iluminam as curvas do caminho e nos mostram uma região montanhosa debruçada sobre o rio Mondego que vemos seguir em direcção a Coimbra, transportando até ao mar quantas lendas, quantas lembranças e até as nossas fantasias. Citação do livro: “O Amor e a Fantasia alimentam a vida. Sem estes, o homem entristece, empobrece e morre só, tal como assim viveu. Dília”

Outra das minhas lembranças foi, depois de subir e descer ruas impecavelmente limpas e floridas, depois de apreciar a arquitectura de casas senhoriais, e não só, observar do miradouro, ao fim da tarde, o arco-íris a tocar duas montanhas, confirmando-nos que a natureza, em todo o seu esplendor, está presente neste local.

Penacova está tão perto de tudo e de todos que o vento traz até nós, em melodia campestre, a abafada voz das mimosas: “Não esqueçam, nós somos os olhos da Primavera, estamos prestes a eclodir e a misturar as nossas cores de oiro e mel no verde da natureza!”

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