De São Pedro de Moel conhecia de raspão a praça central (uma vez, a caminho de Santa Cruz, onde íamos passar férias na casa da tia Edite) e do fim do livro do Al Berto que acaba com a data e local onde foi escrito. Agora voltei a esta vila para uns dias de descanso.
As tardes foram passadas nas praias, as manhãs entre o jornal e o pequeno-almoço reforçado no hotel Miramar, à espera que o sol tão tímido saísse. Lugar de casas grandes e muito características, há um ambiente aqui difícil de explicar mas que transpira mistério e tranquilidade. Aqui não há confusões, sunsets, noites brancas ou trânsito. O carro fica sempre estacionado e a única fila que apanhamos é a dos crepes de chocolate no largo. Tão quentes e doces a derreterem-se na boca.
No farol que nos guia quando não há GPS, ainda se ouve o choro da donzela que em tempos chorava ali a morte do marido. E no parque de campismo horas de dardos, quase nos tornando especialistas e participando no torneio online, a sugestão do dono de bar que ficava com um brilho nos olhos cada vez que aparecíamos.
Vou voltar aqui de certeza, com um livro de 500 páginas, pensamentos para pôr em ordem e companhia para ver o pôr do sol.
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Descanso em São Pedro de Moel