Fugas - dicas dos leitores

Entre o mar e a montanha, pela Normandia

Por Fátima Garcia

Apetecia-nos um fim-de-semana diferente. Apetecia-nos ver o mar... ou talvez passear pela serra. Mas porque não as duas coisas? E assim rumamos à Normandia, uma das mais belas regiões de França. Sem grandes planos, sem trajecto delineado, pegamos no carro e partimos à descoberta.

A primeira paragem foi em Honfleur, a cerca de 200km de Paris. Aqui respira-se calma. O tempo soalheiro convidou a um café à beira do estuário do Sena, seguido de um passeio pela cidade. Sem mapa, sem preocupações, divagamos pelas estreitas ruelas que nos transportam para a época medieval.

O percurso foi curto (em quilómetros), mais demorado, pois as paragens para fotografar as ruas e as fachadas das casas eram frequentes e as visitas às diversas galerias de arte ali instaladas eram obrigatórias.

Honfleur transpira cultura. Terra de artes e de artistas, concentra um número importante de galerias. A cidade foi e é residência de muitos artistas, sobretudo de pintores.  Ali viveu, por exemplo, Eugène Boudin, grande influenciador do movimento impressionista.

Uma vez mais a convite do sol ameno, instalámo-nos numa esplanada e por ali almoçámos. Em termos de restauração, as ofertas são muitas e há para todos os gostos e (se procurarmos bem) para todos os bolsos.

Seguimos viagem e, não sem antes passarmos por Le Havre — uma das cidades francesas mais fustigadas pelos bombardeamentos durante a Segunda Guerra Mundial e hoje considerada Património Mundial da UNESCO —, rumámos em direcção à praia.

Escolhemos a de Étretat, umas das belas praias que já visitámos. O mar e as grandes falésias lado a lado. A paisagem é arrebatadora. Há tempo para caminhar, para relaxar, para conversar, para fotografar.

Deambulámos pela vila e de novo sentimos o espírito artístico bem presente, não tivesse sido Étretat destino frequente de vários artistas, entre os quais Claude Monet e Gustave Courbet.

Para além das magníficas paisagens e do património histórico e arquitectónico bem preservado, Étretat oferece também uma escolha diversa e de grande qualidade para quem procura um hotel ou um restaurante.

Para terminar o dia, optámos pela esplanada de um pequeno restaurante e a escolha não desiludiu.

Provámos e aprovámos as ostras (da Normandia, claro!), respirámos e inspirámo-nos no cheiro fresco do mar, no silêncio, na paz e começámos a planear uma nova viagem.

Até já, querida Normandia!

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