Fugas - dicas dos leitores

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Bela Florença

Buongiorno, benvenuto! A gentil voz masculina anuncia que o comboio vai para Livorno, passando em Pisa Centrale, que é o que nos interessa hoje. Nos dois andares da carruagem não sobram lugares. Esperávamos encontrar muito mais do que uma oportunidade para segurar de forma artística a inclinação da torre do Campo dei Miracoli. Assim foi! O trem seguiu para oeste. Ao longe vislumbrámos os Apeninos e os cumes ainda brancos.

A arquitectura da cidade, acomodada nas margens do Arno, diz-nos que ali viveram mercadores influentes. Palácios, igrejas, recantos… tanto para descobrir, afinal! A Piazza dei Cavalieri e o Palazzo della Carovana merecem atenção. Em Pisa comemos por acaso um panini soberbo. Uma tasquinha discreta numa pequena praça, uma lista grande de alternativas, produtos locais e tudo preparado no momento e à vista com serena maestria, assim é no L’Ostellino. Deambulámos por ruelas e becos estreitos, cruzando-nos com as vidas dos pisanos. Cativou-nos um mercado de rua pleno de ordem, frescura e cor e perdemo-nos pela feira do livro. Divertimo-nos com a mensagem escrita a giz sobre lousa exposta na montra do talho do Maurizio: “Se la ciccia bona voi mangià da Maurizio devi andià!” Afinal, Pisa não é apenas o tal cartão postal!

De volta a Florença, procurámos não perder nada do que a cidade oferece a quem a visita. Uma maravilhosa mostra a céu aberto! Estamos de partida, a caminho de Bolonha. Desta vez esperamos o comboio na Stazione Rifredi. Fazemos tempo num pitoresco café de bairro. Diante de um cappuccino delicioso, passamos os olhos pelo jornal diário, sorrimos à gentileza do dono da casa, à música das conversas e dos trocadilhos dos clientes habituais. Como os italianos adoram trocar palavras! Fazem uma festa de um simples cumprimento! Já temos saudades… Planície do Pó, aqui vamos nós!

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