Ao regressarmos da praia, dois meninos escondidos atrás de uma árvore correram com ar de reguilas e agarraram-se ao jipe. O João e o António traziam num saco os peixinhos que tinham pescado. Perguntámos quem ia cozinhar o jantar. A mãe, sorriram.
Vimos o velho farol. E o pôr do sol estonteante, numa explosão de cores rápida e intensa. Dançámos kizombas e kuduros no boteco onde é possível libertar os corpos num ritmo que vem do fundo do ser. Acima das nossas cabeças, a lua gigante acesa, amarela, e as estrelas muito brilhantes.
Ao regressarmos, olhámos longamente outra imagem de que não nos vamos esquecer: a cidade de Maputo recortada contra o sol, dourada, onde a vida corre frenética a tão poucos quilómetros do silêncio do paraíso.