Fugas - dicas dos leitores

Um dia em Bruges

Por Ana C.

O seu nome vem de Bryggia, que significa “porto” em neerlandês antigo.

Bruges foi uma cidade portuária importante e sede do capitalismo medieval quando, no século XIV, abriu a primeira Bolsa de Valores do mundo, onde se movia um sofisticado e complexo mercado financeiro.

Actualmente é a indústria turística a impulsionar a economia da cidade. No entanto, não pense que a cidade se resume às multidões que percorrem a suas ruas. Tal como uma dama velada que esconde os seus segredos debaixo do véu, Bruges aparenta estar envolta em mistério.

Catedral de São Salvador

A mais antiga igreja de Bruges, mais tarde elevada a catedral. Da estrutura românica original do século XII restam, apenas, partes do pórtico que dava acesso ao templo. No interior, um majestoso órgão e imponente púlpito dominam a nave da igreja.

Igreja de Nossa Senhora

A maior igreja católica da cidade e a mais visitada. A sua torre, a segunda maior da Europa construída em tijolos, tem 122 metros, e é visível a partir de qualquer ponto da cidade. O ex-líbris é uma “Madonna” de Michelangelo esculpida em mármore de carrara no princípio de 1500.

Antigo hospital

Um exemplo da arquitectura medieval. Nos jardins uma escultura de dois monges intitulada Beijo da Paz (1947).

Passeio de barco pelos canais

Uma belíssima perspectiva da cidade.

Grande Place

A principal praça da cidade.

Campanário de Bruges

De 1300. Foi construído para albergar o sino da cidade. Subimos os 360 degraus de uma escada estreita em caracol que nos ofereceu uma vista espectacular sobre a cidade.

Perto da Grande Place, o local que se pode dizer ter sido onde a cidade começou. Nesta pequena praça de nome Burg pode visitar-se o prédio da antiga câmara municipal da cidade e a mais pequena basílica do mundo.

Basílica do Sangue Sagrado

Construída no século XII, diz-se, estar aqui guardado um relicário com um pedaço do Santo Sudário trazido da Terra Santa pelo Conde da Flandres Thierry d’Alcase.

Béguinage

Num tempo do qual já não se tem memória, uma rainha muito piedosa, de nome Béatrice, decidiu afastar-se do mundo e viver em retiro religioso. Com ela foram as suas duas filhas, Ghiselgune e Nazarena. As três mulheres fundaram um convento que se passou a chamar-se Beghina, cuja palavra é formada pelas primeiras sílabas do nome das suas fundadoras. Daí a origem, diz a lenda, da palavra beguinas.

As beguinas são as mulheres que dedicavam a sua vida a Deus, vivendo num regime semimonástico, sem se ordenarem formalmente. O Begijnhof de Bruges foi fundado em 1245 e é considerado Património da Humanidade. Um muro protege o conjunto de pequenas casas pintadas de branco que rodeiam um amplo e bem tratado jardim de árvores. Tem duas entradas acessíveis por pequenas pontes sobre um troço mais recatado de um canal. Atcualmente são as Irmãs da Ordem de Santa Benedita que aqui habitam, cerca de 20.

Das palavras ficam as imagens! Das histórias ficamos a saber, apenas, aquelas que Bruges nos quer contar! 

 

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