Mais que um hotel, o Torre de Palma quer ser “uma experiência de charme”, disse à Fugas Ana Isabel Rebelo, a cara-metade do projecto que partilha com o marido, Paulo Rebelo.
O complexo turístico, avaliado em cerca de seis milhões de euros e localizado em Monforte, junto à aldeia de Vaiamonte, quer, de facto, ser mais do que um hotel, quer ser uma marca de requinte. Uma marca para dormir, uma marca para beber, uma marca para cozinhar, uma marca para comer: Torre de Palma.
O projecto, com abertura a 2 de Abril e inauguração oficial a 21 de Maio, é ambicioso mas foi todo pensado ao pormenor. É isso que garantem Paulo e Ana Isabel Rebelo, casal farmacêutico de profissão, que se aventura pela primeira vez no ramo do turismo. Quando, no início de Março, apresentaram em Lisboa o Torre de Palma Wine Hotel, falaram do projecto como quem fala de um filho. Ainda se ultimam os últimos detalhes mas na cabeça destes dois empresários já há todo um futuro desenhado.
No total têm 19 unidades de alojamento mas as possibilidades são várias. Há oito casas alentejanas (suites), cinco quartos no Loft Rural, cinco quartos no antigo celeiro da propriedade e uma suite principal. Há uma adega, onde acontecerão várias provas de vinho -ou não fosse este um wine hotel -, um restaurante, que promete uma carta tradicional mas requintada sob o comando do chefe alentejano Joaquim Ramalho, uma casa de forno, de onde sairão muitos pães, um spa, com diferentes salas de tratamento, jacuzzi, banho turco e piscinas (interior e exterior), um picadeiro, onde serão criados cavalos lusitanos, uma horta biológica, uma capela e um bosque, para a ideal comunhão com a natureza.
Por isto e por mais, um quarto duplo, que já se pode reservar, deverá rondar os 200 euros por noite. Isto, também, porque o Torre de Palma promete oferecer não apenas uma simples estadia ou um retiro no campo, mas toda “uma experiência de charme”. “Este é um turismo rural de luxo”, diz Ana Isabel Rebelo, explicando que este projecto, pensado há seis anos, “quer criar marca e valor para a comunidade local”. “Sabemos que este é um turismo de nicho mas com estas características, com esta ruralidade e com todo este conforto, não existe ainda na zona um projecto idêntico”, garante a responsável, que com o seu marido, chamou para o projecto o arquitecto João Mendes Ribeiro e a decoradora Rosarinho Gabriel. “É um projecto de autor.”
É por isso que, aproveitando a localização e a história do local, cujos primeiros registos apontam para a existência de uma família romana, de nome Basilii, que viveu na zona entre o século II e o século V, o casal se inspirou, com o apoio constante do arquitecto e da decoradora, no modo de vida da população das vizinhas ruínas romanas de Torre de Palma, baseado na produção de vinho e na criação do cavalo lusitano, que serão, como já referido, o enfoque do projecto.
Basilii será ainda o nome do restaurante que estará aberto a todos os dias, não só aos hóspedes do Torre de Palma, como ao público em geral. Assim como existirá também uma loja, onde serão vendidos os produtos aqui produzidos, com destaque para o vinho, o azeite, o pão e os enchidos.
