Fugas - Motores

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Quase 40 anos depois, os série 2 estão de volta

Por João Palma

A série 2, denominada Neue Klasse, marcou um período de renovação na BMW entre 1966 e 1977. Desde então,o número manteve-se em vazio. Até hoje. Agora um elegante coupé marca o ressurgimento dos série 2.

A BMW ressuscitou o série 2, uma gama de sucesso da marca alemã nos anos 60 e 70 do século passado. Para reactivar essa linha optou por um coupé elegante e funcional que vem substituir o série 1 Coupé. O segundo modelo da série 2, previsto para Setembro, terá características diferentes: um monovolume que irá concorrer, entre outros, com o Mercedes classe B. A Fugas pôde conduzir a versão 220d, com a variante de 184cv do motor diesel 2.0 e a caixa automática desportiva Steptronic de oito relações.

Este modelo, que partilha a plataforma dos série 1, 3 e 4, é 72mm mais longo e 26mm mais largo que o anterior série 1 Coupé. Para o novo série 2 Coupé é possível optar entre duas motorizações a gasolina, 220i e M235i e três declinações do bloco 2.0 a gasóleo. O mais acessível série 2 é o 218d, com o motor 2.0 diesel na configuração menos potente, 134cv, e caixa manual de seis velocidades, cujo preço-base é 38.100€. O 220d é a versão intermédia, sendo o 225d com 218cv a variante com mais potência do bloco 2.0.

A caixa automática normal custa 2266€ e a desportiva, que equipava o veículo que conduzimos, 2466€, mas o dispêndio adicional é justificado não só pela poupança de consumos face à caixa manual como pelo conforto proporcionado na condução em cidade, em especial em situações de pára-arranca, em que basta pisar o travão ou o acelerador consoante as necessidades. As passagens de caixa processam-se de forma suave, sendo quase imperceptíveis, e o sistema de Start/Stop tem um funcionamento impecável. Para uma condução mais personalizada, existe um modo manual no qual se pode recorrer às patilhas no volante, que, sendo uma caixa desportiva, oferece dinamismo e diversão nos modos Sport ou Sport+, em especial em estradas com muitas curvas, onde também se evidencia a estabilidade proporcionada pela suspensão adaptável, pela direcção variável de resposta muito directa e pelos travões desportivos da M (tudo isto opções).

Sendo equipamento opcional isso vai encarecer o preço final, o que neste caso até se pode compreender. Menos compreensível é, como não nos cansamos de repetir, certo tipo de equipamento não ser de série, como o rebatimento assimétrico dos bancos, as conexões Bluetooth, os sensores de estacionamento e até a desactivação do airbag do passageiro à frente — itens de série em carrinhos que custam pouco mais de 10.000€! Mas, no veículo que conduzimos, extras como os referidos custavam quase 15.000€. Não vale a pena iludirmo-nos: é preciso somar pelo menos 5000€ ao preço-base para se ter um veículo minimamente equipado.

Será então negativa a impressão com que ficámos deste 220d Coupé? Não, pelo contrário. E é disso que a BMW (tal como outras marcas premium) se vale para salgar o preço dos seus modelos. Este coupé alia diversão e prazer de conduzir à funcionalidade, não sendo um mero brinquedo. Com quatro lugares reais e confortáveis (claro que cinco lugares seria o ideal, mas quem quer isso escolhe outro tipo de carroçaria que não um coupé), uma bagageira de 390 litros e muitos espaços para guardar pequenos objectos no habitáculo, este série 2 está apto para longas viagens de férias. Bancos que sujeitam bem o corpo e uma suspensão adaptável que varia de rigidez consoante o tipo de condução completam o ramalhete.

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