Este aparente defeito transforma-se em qualidade numa condução desportiva, que é aquilo para que o Mini Cooper S está vocacionado. Então ressalta o controlo dos movimentos da carroçaria e a enorme estabilidade em curva, para o que também contribui uma direcção rápida e precisa e uma boa capacidade de tracção, facilitando as manobras mais complicadas. Em resumo, tanto no modo Sport (condução desportiva) como no Green (para uma condução económica e racional), pode-se dizer que este é um carro que não só proporciona prazer de condução como ensina a conduzir.
E, mesmo sendo um desportivo, os seus 192 cavalos não são muito sequiosos: é certo que os 5,8 l/100km de consumo médio “oficial” estão longe da realidade, mas não pode ser considerada exagerada a média de 8,5 l/100km obtida ao longo de cerca de 800km de condução, sem muitas preocupações de poupança e incluindo sinuosas estradas de montanha, onde o Mini Cooper S revelou o seu espírito desportivo.
Para além da elegância e desportividade do visual exterior, no interior, como já é tradição, ressalta a qualidade dos materiais usados e dos acabamentos, bem como o atractivo design da consola e da instrumentação (de fácil manuseio), que muda de cor de acordo com os modos de condução.
BARÓMETRO
+ Design, qualidade dos materiais e acabamentos, resposta do motor e da caixa, prazer de condução
- Equipamento opcional que deveria ser de série, espaço reduzido nos bancos traseiros e na mala
Minimalista
Um selector na consola central, junto da alavanca de velocidades, permite optar por três modos de condução: Mid (por defeito quando se liga o motor), Sport (a luz ambiente muda para vermelho, o acelerador fica mais sensível e a suspensão mais firme) e Green (luz ambiente verde, gestão da energia e da climatização, indicador de mudança de velocidade), que inclui a função Minimalist Analyzer, com estrelas que se acendem em função de uma condução económica e racional, nos parâmetros Aceleração, Prevenção e Mudanças. Com uma condução económica, é possível poupar até 20% de combustível.
Alma desportiva
Esta é a versão mais potente do actual Mini de três portas (só superada pelas variantes John Cooper Works dos Cabrio, Countryman, Coupé, Paceman e Roadster). Este bloco de quatro cilindros tem 1998cc contra os 1598cc dos propulsores mais potentes das variantes John Cooper Works das outras carroçarias do Mini. Na anterior geração, com o bloco de 1598cc, o Mini Cooper S consumia o mesmo, mas tinha potência, binário e performances inferiores. Além disso, o novo motor 2.0 já cumpre a norma Euro 6 de emissões. O que se mantém no novo Cooper S são as entradas de ar, uma no centro do capot e as duas sob a grelha frontal, que o diferenciam dos outros Mini de 3 portas e permitem que os 192 cavalos do motor possam respirar com desafogo.
Desportivo mas seguro
O veículo que conduzimos trazia o sistema opcional Mini Driving Assistant (990€). Este assistente de condução é, entre a longa lista de opcionais, um dos itens a considerar, pois contribui consideravelmente para a segurança de circulação. Inclui cruise control activo (controla e mantém a distância para o veículo da frente), assistente de máximos, informação de limite de velocidade, leitura de sinais de trânsito, prevenção/minimização de colisões com o veículo da frente, prevenção/minimização de pequenas colisões em cidade e prevenção/minimização de atropelamento de peões.