Fugas - Motores

  • Daniel Rocha
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Pequenino e espevitado

As cinco portas possibilitam um fácil acesso ao habitáculo para os quatro ocupantes. Na versão Sport que conduzimos, os bancos em pele e tecido com dois tons, uma pala protectora dos raios solares forrada a couro sobre o velocímetro/computador de bordo, as cercaduras vermelhas na consola central e nas saídas de ventilação, bem como as inserções a vermelho no volante (agradável ao tacto) e a tampa, também a vermelho, de uma caixa amovível colocada à frente da alavanca das mudanças — tudo isto contribui para um visual interior moderno e elegante, em consonância com o design exterior.

Exceptuando a ausência de conta-rotações, a instrumentação tem um design atractivo e é de fácil leitura com um computador de bordo bastante completo. O veículo que conduzimos dispunha do sistema de infoentretenimento básico R&GO, com suporte para smartphone, através do qual se pode ter navegação por GPS ou acesso a rádio via Internet. Em opção, existe um pack, Techno, que, por 1000€, inclui um ecrã táctil de 7’’, o sistema R-Link de infoentretenimento e navegação, câmara de visão traseira e sensores de estacionamento traseiros.

Pormenores

Pescadinha de rabo na boca

Até faz impressão. Com uma direcção precisa, leve e directa, o facto de o motor se localizar na traseira do carro permite que as rodas girem quase 90º: o diâmetro de viragem é de 8,6m entre passeios ou 9,09m entre paredes e isso faz com que, mesmo numa via relativamente estreita, o Twingo faça inversão de marcha numa só manobra — uma verdadeira pescadinha de rabo na boca. Melhor só o “primo” microcitadino smart fortwo, mas, tirando este, nenhum outro veículo tem uma brecagem comparável ao Twingo e ao seu “irmão” smart forfour.

Modernices revivalistas

Há certas falhas de equipamento que podem ser intrigantes. Em meados do século passado, o conta-rotações só existia nos desportivos. Depois, pela sua utilidade, a sua inclusão no equipamento de série foi-se alargando até abranger os mais modestos veículos. Agora parece que se está a assistir a uma regressão. Primeiro foi o Citroën C Cactus, agora é o Twingo: ambos não têm conta-rotações, só indicador de mudança de velocidade. O conta-rotações é um útil auxiliar de condução que não é substituível pelo indicador de mudança de velocidade. O conta-rotações é dispensável num veículo com caixa automática, mas nunca num de caixa manual.

Bonito e funcional

Ao visual exterior, corresponde um design interior que junta estilo e jovialidade a funcionalidade. Bolsas espaçosas nas portas, um útil suporte para telemóvel no veículo que conduzimos. Uma caixa amovível à frente da alavanca das mudanças com tampa vermelho (que também serve para colocar pequenos objectos: carteira, chaves, etc.) a condizer com as inserções na mesma cor no volante e tablier. Uma bonita pala em couro para proteger o velocímetro e o computador de bordo da incidência directa do sol. Para além do rebatimento dos bancos traseiros, também o do banco do pendura para possibilitar o transporte de objectos de maiores dimensões. Os pedais em alumínio perfurado, os bancos, envolventes à frente e espaçosos para duas pessoas atrás, em tecido e pele com acabamentos a branco e vermelho. Enfim, um exemplo de conjugação de design com funcionalidade. Apenas um senão: o portão traseiro só se abre com o telecomando, não dispondo de fecho ou botão para accionamento manual (em caso de falha do comando, só se pode aceder à mala rebatendo os bancos traseiros).

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